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Estado de Minas

Afinal, Paiçandu ou Paissandu?


postado em 17/05/2018 21:06

Com a queda do Edifício Wilton Paes de Almeida, no dia 1.º, surgiu na internet a polêmica sobre a grafia da palavra Paiçandu - que o jornal

O Estado de S. Paulo

adota com 'ç' e não com 'ss' e sem o acento final como aparece até em algumas placas de rua. A grafia correta, que para muitos causou estranhamento, se deve à origem indígena da palavra, que remonta a um conflito no sul do continente.

A definição do largo no centro paulistano, como destaca o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), se refere à Batalha de Paysandú, travada no dia 2 de janeiro de 1865, no Uruguai, que antecedeu a Guerra do Paraguai. A batalha tomou esse nome porque ocorreu nessa cidade uruguaia entre as tropas do Brasil (chefiadas pelo general Mena Barreto) e do Uruguai (sob o comando de Venâncio Aires) contra as tropas paraguaias comandadas por Leandro Gomez. O primeiro ataque ocorreu na manhã do dia 31 de dezembro de 1864 e o fim ocorreu em 2 de janeiro de 1865, com a vitória dos brasileiros e uruguaios.

O termo que define a cidade derivaria de "Paso del Sandú" (ou padre santo, em referência indígena a um religioso local) ou de uma palmeira, considerando nos dois casos o tupi antigo. Mas, se no original era com acento, às vezes "y" e “s”, como terminou no português com "ç"? Como destacam as principais gramáticas e a Academia Brasileira de Letras, os nomes em tupi-guarani ao serem vertidos para o português ganham "ç". Além disso, a acentuação passa a seguir as regras da Língua Portuguesa (deixando de existir o acento final).

A título histórico, na segunda metade do século 18 toda essa área paulistana pertencia ao sargento-mór Manoel Caetano Zuniga (ou Zunega), como registra o DPH. No dia 28 de novembro de 1865, por proposta do vereador Malaquias Rogério de Salles Guerra, o espaço recebeu o nome atual. A Igreja do Rosário dos Homens Pretos, erigida inicialmente na atual Praça Antônio Prado, transferiu-se para o Largo no século 20. Ao lado da Igreja, existe a estátua da Mãe Preta, obra do escultor Júlio Guerra, de 1955. Outro ponto histórico ainda existente ali é o Ponto Chic, da década de 1930


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