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Estado de Minas

Líderes do PCC assassinados no Ceará viviam em mansão

A casa comprada por Gegê e Paca estava em nome de um laranja


postado em 20/02/2018 15:48 / atualizado em 20/02/2018 16:15

Mansão foi, supostamente, comprada por R$ 2 milhões(foto: Divulgação )
Mansão foi, supostamente, comprada por R$ 2 milhões (foto: Divulgação )

Os líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) mortos no Ceará no final da semana passada - Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Sousa, o Paca - viveram nos últimos meses numa mansão no Condomínio de Luxo Alphaville, no Porto das Dunas, em Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza.

A dupla comprou uma casa no local por R$ 2 milhões, em um pagamento em dez cheques de R$ 200 mil. Foi o que descobriu a polícia cearense a partir de uma mandado judicial de busca e apreensão efetuado entre segunda e esta terça-feira.

Policiais da Delegacia de Repressão às Organizações Criminosas (Draco) vistoriaram a casa comprada por Gegê e Paca em nome de um laranja. Todos pertences da casa e quatro carros de luxo que estavam na garagem fora confiscada pela polícia. Uma ordem de busca e apreensão foi cumprida, na madrugada de segunda-feira (19) na mansão, supostamente, comprada por R$ 2 milhões

A polícia cearense descobriu nesta terça-feira, 20, que Gegê do Mangue e Paca, além da mansão no Alphaville do Porto das Dunas, compraram casas no Alphaville do Eusébio, também na região metropolitana de Fortaleza; apartamentos (um por andar) no bairro Cocó, área nobre de Fortaleza; e uma mansão na Praia do Uruaú, em Beberibe, a 80 quilômetros de Fortaleza - esta, no valor de R$ 1,1 milhão.Os valores dos demais imóveis investigados não foram informados.

Foi rastreado ainda o pagamento do embalsamamento dos corpos dos dois feito a uma funerária em Fortaleza, calculado em R$ 100 mil.

A dupla foi encontrada morta no último sábado, 17, na Lagoa Encantada, na reserva indígena Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz. A polícia procura o helicóptero usado na execução de Gegê e Paca. De acordo com a investigação, os dois foram levados para a reserva num helicóptero e lá foram mortos a tiros de fuzil e facadas.

Os mortos foram encontrados por um catador de frutas usando cordões de ouro avaliados em R$ 200 mil. Os cordões foram entregues para familiares, que reconheceram os corpos na Perícia Forense Cearense (Pefoce).

Os corpos seguiram para São Paulo na noite de segunda-feira, 19. O sepultamento dos líderes do Sintonia Geral Final, a cúpula do PCC, deve acontecer ainda nesta terça-feira em São Paulo.

(Lauriberto Braga, especial para O Estado)


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