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Estado de Minas

Casal que comemorava 50 anos de casados morre atropelado durante caminhada; veja vídeo

Segundo testemunhas, o veículo seguia em alta velocidade. Motorista está internada em estado grave e pode ter passado mal


postado em 19/01/2018 07:39 / atualizado em 19/01/2018 11:46


O número de vítimas do asfalto no Distrito Federal aumentou na noite de ontem. Uma Mitsubishi ASX em alta velocidade, segundo testemunhas, atingiu um casal de idosos que caminhava na pista principal do Lago Norte. Casados há 50 anos, Evaldo Augusto da Silva, 75, e Dulcineia Rosalino da Silva, 70, morreram na hora. A motorista do veículo está internada em estado grave no Hospital de Base do Distrito Federal. Minutos após a tragédia, cerca de 15 familiares chegaram ao local. “Todas as vezes que eu me despedia deles, dizia: ‘Vô, vó, eu te amo’”, lembrou uma neta na roda dos parentes.

Casados há 50 anos, Evaldo Augusto da Silva, 75, e Dulcineia Rosalino da Silva, 70, morreram na hora(foto: Reprodução )
Casados há 50 anos, Evaldo Augusto da Silva, 75, e Dulcineia Rosalino da Silva, 70, morreram na hora (foto: Reprodução )

O atropelamento, na altura da QI 10, aconteceu por volta das 20h. Testemunhas relataram que as vítimas caminhavam na calçada. No entanto, as circunstâncias do acidente só poderão ser confirmadas após a análise da perícia — por volta das 22h, alguns familiares ainda acompanhavam o trabalho da Polícia Civil. Depois de atingir o casal, o veículo subiu o canteiro central e só parou ao bater em uma árvore, cerca de 200m depois do ponto do atropelamento.
 motorista, identificada como Luciana Pupe Vieira, de aproximadamente 50 anos, ficou presa às ferragens da Mitsubishi. Equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) participaram do resgate.  As primeiras informações eram de que a servidora da Câmara dos Deputados seguiu para o hospital em estado grave, com suspeita de traumatismo craniano, fratura exposta no pulso e diversas escoriações pelo corpo. Familiares da condutora, que mora na QI 7, acreditam que ela possa ter passado mal ao volante por conta da diabetes.

O atropelamento aconteceu por volta das 20h dessa quinta-feira(foto: Luis Nova/CB/D.A/Press)
O atropelamento aconteceu por volta das 20h dessa quinta-feira (foto: Luis Nova/CB/D.A/Press)

O primeiro-tenente do 24ª Batalhão de Polícia Militar Cláudio Garcia disse não ser possível precisar a situação da motorista no momento do acidente. “Tão logo ocorreram os fatos, ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital de Base em estado grave. Todos os dados a respeito da situação dela serão levantados posteriormente, com a investigação policial”, afirmou.

Depois de socorrê-la, os bombeiros constataram que o velocímetro do automóvel ficou marcado em 120 km/h. Porém, não é possível afirmar se o veículo seguia nessa velocidade no momento da batida. Isso porque o contador pode ter sido alterado — para mais ou para menos — com o impacto. Por causa do acidente, a via foi interditada em direção ao Clube do Congresso.

A tragédia no Lago Norte aconteceu quase dois meses após a pista ter o limite máximo de velocidade reduzido de 70km/h para 60km/h, justamente numa investida de humanizar o trânsito do local e reduzir o número de vítimas do asfalto. Em abril do ano passado, uma motorista embriagada atropelou e matou o ciclista Edson Antonelli na mesma pista.

Evaldo Augusto da Silva, 75, e Dulcineia Rosalino da Silva, 70(foto: Reprodução )
Evaldo Augusto da Silva, 75, e Dulcineia Rosalino da Silva, 70 (foto: Reprodução )

Bodas de ouro

Naturais de Minas Gerais, Dulcineia era servidora aposentada da Câmara dos Deputados. Evaldo trabalhou como auditor da Receita Federal. Os dois haviam acabado de retornar de uma viagem internacional em comemoração às bodas de ouro. Eles moravam na QI 8. Católicos, costumavam frequentar a Paróquia Nossa Senhora do Lago, na QI 3.

Os familiares que estiveram no local do acidente não quiseram dar entrevistas. Dulcineia faz parte de uma história conhecida nacionalmente, digna de livros e até de uma novela. Ela era tia de Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, sequestrado ainda recém-nascido na maternidade do Hospital Santa Lúcia e encontrado 16 anos depois em Goiânia.


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