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Estado de Minas

Crianças desaparecidas há 18 dias são encontradas mortas na Zona Leste de SP

Os corpos foram deixados no interior de um veículo em um terreno baldio


postado em 13/10/2017 08:02 / atualizado em 13/10/2017 08:47

Adrielly Mel Severo Porto, de 3 anos e 8 meses, e uma menina identificada apenas como Beatriz estavam desaparecidas desde 24 de setembro(foto: Polícia Civil/Divulgação )
Adrielly Mel Severo Porto, de 3 anos e 8 meses, e uma menina identificada apenas como Beatriz estavam desaparecidas desde 24 de setembro (foto: Polícia Civil/Divulgação )

São Paulo - Duas crianças de 3 anos foram encontradas mortas na noite desta quinta-feira, no Jardim Lapena, na Zona Leste de São Paulo. Os corpos foram deixados no interior de um veículo em um terreno baldio. A polícia foi acionada e investiga o caso.

De acordo com parentes, Adrielly Mel Severo Porto, de 3 anos e 8 meses, e uma menina identificada apenas como Beatriz estavam desaparecidas desde 24 de setembro. No domingo em que sumiram, elas brincavam na frente da casa dos pais de Adrielly. A comunidade se mobilizou para encontrá-las e chegou a fazer cartazes. Naquele dia, a família percorreu todo o bairro. Foi também a hospitais e conselhos tutelares.

Nesta quinta-feira, as buscas chegaram a uma Fiorino branca de placas FIP 2230, de Ibiúna, em um terreno baldio. O local tem saída para duas ruas. Em uma, era cercado por uma proteção metálica e, atrás, apenas por arame farpado, que estava rompido.

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Agachado perto da área cercada, o pai de Adrielly, o motorista Alan Oliveira Porto, de 42 anos, aguardava informações sobre o autor do crime. "A gente achou que elas tinham saído e se perdido. Não pensávamos que isso pudesse ocorrer."

Porto conta que, momentos antes do sumiço, a família aproveitava o dia com as crianças. "As meninas estavam com nosso vizinho, que pedia para ela (Adrielly) repetir mensagens como 'papai, te amo', 'mamãe, te amo' e louvores", disse. Segundo ele, ninguém viu o momento do sumiço. "Um monstro pegou essas crianças. Queremos saber quem foi."

Agitada, a mãe de Adrielly, a doméstica Adriana Severo de Jesus, de 28 anos, relatava pelo telefone o caso a parentes. Ela contava ter visto a filha sem roupas e com as pernas abertas no interior do veículo. Até as 21h30 de quinta-feira, a polícia não sabia se a criança havia sido estuprada. A menina era a caçula de quatro filhos do casal, que mora a 150 metros de onde foram achados os corpos. "Nunca teve isso aqui antes", disse Adriana.

(Marco Antonio de Carvalho)


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