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Estado de Minas

Avião que quase colidiu em Brasília é o mesmo que levou marqueteiro do PT para Curitiba

Aeronave decolou do Distrito federal rumo a Guarulhos para buscar João Santana e levá-lo ao Paraná


postado em 24/02/2016 11:35 / atualizado em 24/02/2016 13:17

A aeronave que decolou do Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, às 7h30 de terça-feira, e quase chocou-se contra outro avião, era da Polícia Federal e iria para Guarulhos buscar o marqueteiro do PT João Santana. Ele teve prisão decretada por receber US$ 7,5 milhões em uma conta no exterior, conforme investigação da Operação Lava-Jato.

A colisão no aeroporto foi evitada graças à agilidade de um controlador de voo. De acordo com a Aeronáutica, desde novembro de 2015 o Aeroporto de Brasília opera com decolagem simultânea, tendo em vista que as pistas são paralelas. No caso em questão, foram autorizadas duas decolagens simultâneas. A aeronave de matrícula PR-BSI, que é operada pelo Departamento de Polícia Federal, tinha como destino Guarulhos (SP) e decolou da pista direita. A aeronave militar, prefixo FAB 2582, decolou da pista esquerda.

Segundo a assessoria de imprensa da Aeronáutica, a instrução do perfil de decolagem que foi confirmada pelo piloto da aeronave da PF previa curva imediata à direita após a decolagem (conforme descrito na carta de decolagem). Entretanto, o perfil executado pelo piloto contrariou a instrução recebida e a aeronave teve um deslocamento à esquerda, interferindo na decolagem da aeronave da Força Aérea Brasileira, que cumpria corretamente o seu perfil de decolagem. “O controlador de tráfego aéreo imediatamente tomou as providências para prover a separação necessária”, informou.

Ouça o diálogo entre controladores e pilotos no momento da decolagem


A Aeronáutica informou que conclusões preliminares indicam que a aeronave da PF, modelo B300 e com capacidade para oito pessoas, descumpriu a trajetória prevista e as instruções do controlador; e que a aeronave da FAB cumpriu o que era previsto e o que foi instruído. Informou, ainda, que o controlador de tráfego aéreo agiu prontamente para evitar problemas mais graves.

O Centro Comercial da Aeronáutica informou que não houve qualquer participação dos órgãos de tráfego aéreo na ocorrência envolvendo a decolagem de duas aeronaves. A Aeronáutica disse que vai abrir investigação. “Os áudios com relatos dos profissionais envolvidos serão analisados e também informações de radar”, adiantou.

 

Leia a transcrição da conversa:
 
Controlador: Força Aérea 85.282, trace uma posição de uma hora. Curve imediatamente agora para o rumo norte, senhor, a fim de evitar que essa aeronave… Interrompa a subida agora.

Controlador: Força Aérea 2582 controle Brasília, interrompa a subida agora. Trace uma correção agora de uma hora, mesma altitude, senhor.

Piloto da FAB: Tô visual, mantendo separação aqui. A aeronave iniciou curva à direita, a saída nossa ficou conflitante com esse tráfego, ok? A saída era prevista, a decolagem da 11 esquerda com ligeiramente curva à direta. Não tem, não tem mais como fazer essa saída aqui com essa aeronave decolando.

Controlador: O senhor está correto, Força Aérea 2582. Bravo-Serra e Índia (PR-BSI), a sua decolagem deveria ter iniciado a curva à direita, 4,1 mil pés. Suba agora para o nível 270.

Piloto do PR-BSI: Subindo para o 270 pró-sul.
 


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