Há sete anos no cargo, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) culpou nesta quinta-feira, as "décadas de abandono" pelas enchentes e mortes causadas pelas chuvas na Baixada Fluminense, além das prefeituras pela ocupação irregular das áreas de risco.
Cabral não percorreu a pé áreas atingidas e, após receber um telefonema da presidente Dilma Rousseff durante a entrevista, anunciou para sexta-feira, 13, uma reunião com o ministro da Integração Nacional, no Centro Integrado de Comando e Controle.
Dois radares de alta precisão para previsão meteorológica anunciados pelo governo do estado há mais de dois anos ainda não estão em operação. O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) atribuiu o atraso à realização de uma licitação internacional e deu novo prazo para que os equipamentos, comprados por R$ 13 milhões, entrem em operação, em março de 2014.
Rios
Em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, o nível do Rio Paraíba do Sul, subiu 44 centímetros entre as 8 horas e as 14 horas desta quinta-feira. Na última medição, o nível do rio estava em 7,11 metros - distante ainda do ponto de transbordo, que é de 10,5 metros. Como há previsão de mais chuvas e o Paraíba do Sul tem recebido muita água do Rio Muriaé, que vem de Minas Gerais, a Defesa Civil continua em estado de alerta.
Na localidade de Ururaí, o rio transbordou e atingiu três casas construídas no leito. Os moradores vão receber aluguel social até que a prefeitura reconstrua os imóveis dentro do programa Morar Feliz. O nível do Rio Ururaí baixou dois centímetros - está em 5,58 metros.