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Estado de Minas

Nova obra em Recife é considerada uma solução para desafogar o trânsito

Velocidade das obras dobrou para que nova artéria fique pronta até abril de 2014


postado em 21/09/2013 10:40 / atualizado em 21/09/2013 10:46

A construção da via elevada é um dos pontos que mais têm causado impacto visual(foto: Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press)
A construção da via elevada é um dos pontos que mais têm causado impacto visual (foto: Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press)

As obras da Via Mangue, apontada como saída para desafogar o trânsito em Boa Viagem, tiveram o ritmo acelerado. Nos últimos meses, a velocidade dos serviços praticamente duplicou. A média mensal construída era de 1,82% do total do projeto até dezembro do ano passado e agora é de cerca de 3,5%. O novo percentual está mudando rapidamente a paisagem no Pina e em Boa Viagem, onde o concreto avança sobre o manguezal. Em outubro, a meta é atingir a média mensal de 5%.

O aumento do ritmo tem um objetivo claro. Incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa, os governos federal e municipal querem concluir os serviços antes do início da competição esportiva. O cronograma prevê que a Via Mangue esteja pronta em abril de 2014, quando a previsão inicial era setembro deste ano. Para alcançar a meta, o número de trabalhadores foi ampliado, chegando a 1.650, e acrescentou-se um terceiro turno. Até ontem, 65% dos serviços da via, cuja extensão será de cerca de 4,5 quilômetro, estavam concluídos.

A construção da via elevada é um dos pontos que mais têm causado impacto visual. Essa parte da pista, que terá 1,9 quilômetros, está sendo erguida sob estacas de concreto. O projeto prevê que aproximadamente 1,5 mil estacas sejam fincadas dentro do manguezal. Grande parte dessas pilastras mede 18 metros de comprimento e está sendo fixada pelo equipamento Cantitravel, que dispensa fundações. “Essa técnica vai fazer com que o fluxo das águas do mangue não seja interrompido”, esclareceu o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Urbanos, Nilton Mota. A via elevada ficará entre 0,5 metro e 1 metro acima do espelho d’água.

“Somente de perto dá para acreditar na dimensão e no impacto dessa obra”, disse o engenheiro José Stênio Rodrigues da Silva. Morador de Boa Viagem, ele parou alguns minutos diante do trecho da Via Mangue que está sendo construído próximo à Praça Antônio Vilaça, em Boa Viagem. Para ele, a obra terá impacto ambiental, mas, devido “à loucura que se tornou o trânsito no bairro”, se tornou necessária. Esse impacto, segundo Nilton Mota, foi reduzido ao se optar pela via elevada. O projeto inicial era aterrar o mangue para fazer a via. O relatório de impactos ambientais (Rima) da obra, ainda não revisto após essa troca, previa a supressão de 11 hectares de mangue e recomendava a prefeitura a recompor o dobro dessa área.

Quando pronta, a Via Mangue possibilitará aos moradores de Boa Viagem que residem após a Avenida Antônio Falcão, e aos residentes de Setúbal, Piedade e Candeias fugir dos frequentes congestionamentos das avenidas Domingos Ferreira, Conselheiro Aguiar e Boa Viagem. A velocidade média prevista para a Via Mangue será de 60 km/h, enquanto a da Domingos Ferreira em horários pico é atualmente de apenas 20 km/h. O aumento de velocidade acontecerá porque a nova via não terá semáforos ou cruzamentos. Ao longo dos seus cerca de 4,5 quilômetros haverá apenas dois pontos de retorno, na altura da Praça Antônio Vilaça e Rua Gilson Machado Guimarães.

Complexo terá dois viadutos e oito pontes(foto: Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press)
Complexo terá dois viadutos e oito pontes (foto: Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press)

Números

4,5 km no sentido Centro/Boa Viagem

4,37 km no sentido Boa Viagem/Centro

1,9 km será sobre estacas pregadas
no espelho d’água o mangue

1.650 pessoas trabalham hoje nas obras

1,5 mil estacas estão sendo usadas na obra

2 elevados na Avenida Antônio Falcão, em Boa Viagem

8 pontes

2 retornos

1 alça de ligação que alargará a Ponte Paulo Guerra, no Pina

1 passagem semienterrada

R$ 383,4 milhões será o investimento total na via

R$ 213,5 milhões foram pagos até julho deste ano

R$ 555,8 milhões será o investimento total, incluindo ações e saneamento básico, habitação e urbanização

3 habitacionais foram construídos para abrigar as famílias que moravam em palafitas e locais próximos ao
trajeto da via

992 famílias das comunidades Deus nos acuda, Beira Rio, Jardim Beira Rio, Paraíso, Pantanal e Xuxa
receberam apartamentos nos habitacionais


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