
A marcha evangélica virou um ato de desagravo ao pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Deputado federal, ele preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara e entrou na mira de manifestações em todo o país em razão de o colegiado ter aprovado projeto que permite a chamada "cura gay", em referência ao projeto que tramita na Casa e foi aprovado em 18 de junho na Comissão de Direitos Humanos. O projeto de lei determina o fim da proibição, pelo Conselho Federal de Psicologia, de tratamentos que se propõem a reverter a homossexualidade.
Feliciano disse que pretendia dar uma resposta aos seus críticos. Ele acrescentou à camiseta oficial do evento os dizeres "eu represento vocês". Do alto do trio elétrico principal da passeata, Feliciano afirmou: "Eu represento um segmento conservador da sociedade, um segmento família da sociedade. Estes aqui eu represento". O congressista afirmou que está sendo injustamente responsabilizado pelo projeto da chamada "cura gay". Ele admite que apoia a proposta, mas não é o autor dela e tinha obrigação de colocá-la em discussão como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
No meio da marcha podiam ser vistas faixas alusivas às recentes manifestações ocorridas no país. Entre os dizeres havia "Justiça! Queremos os mensaleiros na cadeia", "Manifestação pacífica tem limite", "Fora baderna e vandalismo" e "Procurando Lula". Havia também mensagens sobre o tema da "cura gay": "Os ativistas gays querem ser donos dos homossexuais. Direitos humanos já!".
O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) esteve no evento. "É uma festa maravilhosa, da cidadania, um presente para São Paulo. Eu, como prefeito, participei de várias edições. É um dia de muita festa", disse.
