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Estado de Minas

Julgamento de acusados de colocar fogo em moradores de rua em Brasília é adiado

O juiz do caso tomou a decisão após advogado ser dispensado por um dos réus


postado em 24/01/2013 19:38 / atualizado em 24/01/2013 19:44

O julgamento dos cinco acusados de colocar fogo em moradores de rua foi cancelado após o suposto mandante do crime, o marceneiro Daniel Abreu Lima, destituir o próprio advogado, Delcio Gomes de Almeida, por conta de uma discussão. O juiz do caso, Itamar Dias, optou por não separar os processos e decidiu adiar o julgamento, ainda sem nova data.

Daniel, "o marceneiro", como é conhecido em Santa Maria, afirma que jamais teria oferecido o valor de R$ 100 para que outro réu, Edimar Pereira da Silva, ateasse fogo nos dois homens, em fevereiro do ano passado. Segundo Daniel, o objetivo era apenas espantá-los. Edimar teria convidado cinco pessoas para incendiar os objetos pessoais de José Edson Miclos de Freitas, 26 anos, e Paulo Cezar Maia, 42 anos.

Daniel alega que planejou o 'susto' após os dois sem teto terem ameaçado estuprar uma funcionária de uma padaria, vizinha à marcenaria dele. O acusado diz ter observado a ação do grupo de longe e ter rido, por estar nervoso, ao ver um dos homens em chamas.

Uma das testemunhas, Jeferson Menezes da Costa, garante que a relação dos moradores de rua com a vizinhança era amistosa. Segundo ele, os sem teto jamais incomodaram os residentes. Eles apenas pediam, de vez em quando, comida ou autorização para tomar banho, informa Jeferson.

Glaucia Lima da Silva, amiga dos acusados, limitou-se a defender o grupo. De acordo com a mulher, os envolvidos, que frequentavam a mesma igreja que ela, são boas pessoas.

Incendiados
De acordo com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), o crime ocorreu quando Daniel, incomodado com a presença dos moradores de rua nas proximidades do comércio da marcenaria que mantém, ofereceu R$ 100 para quem o ajudasse a espantar as vítimas do local.

Um dos réus teria colocado fogo na parte de trás de um sofá onde um dos mendigos estava deitado, mas as vítimas, com ajuda de populares, conseguiram apagar o fogo e voltaram a dormir. Mais tarde, os acusados teriam despejado gasolina sobre as vítimas e ateado fogo novamente sobre elas.

O crime ocorreu na madrugada de 26/2/2012, na QR 118 conjunto H, em Santa Maria. José Edson teve cerca de 63% do corpo queimado pelas chamas, e não resistiu. Já Paulo Cezar, que teve 22% do corpo queimado, sobreviveu. Testemunhas informaram que as vítimas foram atacadas após rirem dos agressores, que só tinham posto fogo no sofá.


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