A morte de Priscila Graziela Pereira, de 24 anos, durante um voo de parapente no Rio de Janeiro ocorreu por falha humana, afirmou ao Estado de Minas o diretor técnico da Associação Brasileira de Parapente (ABP), Arthur Lewis.
Para ele o erro está evidente. "Nas filmagens fica claro que os tirantes das pernas da passageira não foram conectados", aavalia. Ele diz que as pernas da jovem não estavam presas, apenas o toráx, e não há dúvidas de que foi uma das principais falhas na motivação do acidente.
O diretor técnico aponta uma sequência de erros como condições climáticas desfavoráveis e o fato de o piloto continuar o voo ao perceber que Priscila estava solta.
"Para realizar um voo duplo, é preciso de pelo menos cinco anos de prática no parapente. Depois, o piloto faz um curso durante um ano, voando sempre com outro profissional, nunca com passageiros. Após um teste prático, ele é homologado para voar com qualquer pessoa e em qualquer rampa do Brasil".
O instrutor que pulou com ela não ficou ferido e já prestou depoimento à polícia. Ele informou que o acidente ocorreu na segunda tentativa de voo e que, quando percebeu que a jovem estava caindo, tentou segurá-la, mas não conseguiu. O advogado dele, Marco Aurélio Gomes Araújo, informou que está esperando o resultado da perícia. “Ele agarrou a Priscila como podia, com as pernas e com os braços, deixando o parapente solto porque o interesse dele era ir para a água”, disse.
A jovem morreu ao cair de cerca de 20 metros, em São Conrado. O delegado responsável pelo caso, Fábio Barucke, apura crime de homicídio culposo, ocorrido por falha técnica ou humana.