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Estado de Minas

Defesa dispensa depoimento de mãe de Eloá no segundo dia de julgamento

Depoimento de irmão mais velho de vítima abriu sessão desta terça-feira


postado em 14/02/2012 08:38 / atualizado em 14/02/2012 13:15

 

A advogada de Lindemberg Alves, acusado de matar a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, em outubro de 2008, dispensou o depoimento da mãe da vítima, Ana Cristina Pimentel, e do irmão mais novo de Eloá, na manhã desta terça-feira, no segundo dia de julgamento. Ontem, a mesma advogada havia solicitado a inclusão dos dois como testemunhas de defesa, no lugar de outras ausentes, mas hoje voltou atrás e ainda ameaçou deixar o julgamento caso não fosse atendida. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, o pedido foi parcialmente atendido, pois o Ministério Público abiu mão do depoimento da mãe da vítima, mas preservou o irmão como testemunha do júri. Ana Cristina Pimentel permaneceu no julgamento para acompanhar o filho que é menor de idade.

O irmão mais novo de Eloá foi a terceira testemunha ouvida hoje. Antes dele, prestou depoimento o irmão mais velho da vítima, Ronikson Pimentel dos Santos, que foi a última testemunha de acusação. Logo depois, o advogado Marcos Antonio Cabello falou como primeira testemunha de defesa.


No primeiro dia de julgamento, nessa segunda-feira, Nayara Rodrigues da Silva foi a primeira testemunha a ser ouvida e é uma das peças chaves do caso, já que estava dentro do apartamento da família de Eloá quando a jovem foi morta. A pedido de Nayara, Lindemberg foi retirado da sala para o depoimento.


A testemunha disse que, enquanto esteve no cativeiro, testemunhou diversas agressões do rapaz contra a amiga. "Quando voltei ao apartamento, ela estava bastante machucada". A jovem também disse que escutou três disparos antes que os policiais quebrassem a porta para entrar.

Victor Lopes de Campos e Iago Oliveira também relataram as diversas ameaças feitas por Lindemberg durante o tempo em que estiveram no apartamento. "O que mais me dava medo era que meus amigos tomassem um tiro", contou Victor.

O Sargento da Polícia Militar Atos Antonio Valeriano foi a ultima testemunha a falar no julgamento. Ele foi o primeiro polícial a atender a ocorrência do sequestro realizado por Lindemberg Alves, que chegou a atirar na direção do policial, " O tiro passou a 30 centímetros da minha cabeça", afirmou. O sargento também detalhou as primeiras negociações com Lindemberg e afirmou que o jovem estava muito nervoso durante a negociação para que os reféns fossem soltos.

Valeriano falou por aproximadamente 40 minutos e durante seu depoimento houve um bate-boca entre um assistente da acusação e a advogada de Lindemberg.

Lembre o caso

Lindemberg será julgado pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, cárcere privado e disparo de arma de fogo. Em 13 de outubro de 2008, Lindemberg iniciou um sequestro que durou mais de 100 horas — fomentado pelo inconformismo com o fim do relacionamento — e teve um desfecho trágico. Eloá, então com 15 anos, morreu em 18 de outubro, um dia depois de ter levado dois tiros, um na cabeça e outro na virilha. Os disparos foram feitos no apartamento da jovem, em Santo André, depois da invasão de policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), que negociavam a libertação das reféns. Nayara Rodrigues, amiga de Eloá, também foi atingida por uma bala no nariz durante a ação, mas sobreviveu.


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