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Estado de Minas

Furtos, além de lixo por todo lado, atrapalharam Rock in Rio


postado em 02/10/2011 09:22 / atualizado em 02/10/2011 09:23



Do lado de dentro, Ivete Sangalo fazia a festa. Do lado de fora, a folia já tinha acabado para muita gente. E a história ouvida dessas pessoas era basicamente a mesma. O garoto que teve a carteira roubada durante o show; a menina que teve que abrir a bolsa, também dentro do Rock in Rio, depois que um grupinho de garotos a abordou. Ou seja, eles foram se divertir no festival e acabaram tendo muita dor de cabeça.

Na madrugada de sábado, Milton Couto, de 22 anos, só pensava em uma coisa. Fazer um boletim de ocorrência para poder voltar para casa. De Recife, ele tinha que embarcar cedo para voltar para casa, depois de 11 dias no Rio de Janeiro. “Para a cidade é um absurdo que essas coisas continuem a acontecer”, disse na entrada da delegacia itinerante montada no estacionamento do Riocentro, em frente à Cidade do Rock. Mostrava o bolso fechado da bermuda, sem saber como sua carteira – com dinheiro e todos os documentos – foi roubado.

Já os primos Felipe e Hugo Viana, de 22 e 23, eram reincidentes na delegacia. O primeiro esteve lá no sábado anterior, quando teve identidade e dinheiro roubados ainda no início da noite. Gato escaldado, nesse fim de semana colocou todos os pertences num saco plástico, que levava na parte interna da bermuda. Mas teve que acompanhar o primo à delegacia, que teve a carteira roubada.

Pelo menos as filas nas lanchonetes, imagem que marcou o primeiro fim de semana do festival, não existem mais desde que foi autorizado ao público, na quinta-feira, que levasse seu próprio lanche. Ontem, penúltimo dia do evento, havia fila para entrada – antes da abertura dos portões, às 14h. Eram pelo menos dois quilômetros de pessoas sob um sol escaldante.

Cenário feio O público que chegou cedo assistiu a alguns encontros interessantes, no Palco Sunset. Apesar do intimismo dos respectivos trabalhos, a paulistana Tiê e o uruguaio Jorge Drexler, pela primeira vez juntos num palco, envolveram a multidão que lá estava (mais por causa dele do que dela). A pedido de Tiê, cantaram juntos La edad del cielo, canção de Drexler. Mesmo que fosse um contrassenso com o clima local, o refrão “calma/Todo está en calma”, uniu cantores e plateia.

Quem ficou até o fim para ver a principal atração, Coldplay, conviveu com um cenário não tão bonito assim: o lixo. Os 720 contentores (latões) colocados na Cidade do Rock não estão dando conta da demanda. Quando os portões da Cidade do Rock são abertos, às 14h, tudo está limpo. Porém, assim que a noite chega, a situação é outra. Milhares de copos plásticos e toda sorte de objetos são deixados no chão. Para o sábado, foram recolhidas 34 toneladas de lixo. Mas antes disso – o lixo é totalmente recolhido na manhã posterior a cada show –, o cenário não é nada bom para os olhos e para o nariz.


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