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Estado de Minas

Análise dos tubulões podem desvendar mistério do naufrágio no lago


postado em 25/05/2011 08:42

A análise dos tubulões do Imagination deve trazer as respostas para o mistério que ronda o acidente. São esses compartimentos cheios de ar que mantêm as embarcações flutuando. Na última segunda-feira, mergulhadores do Corpo de Bombeiros verificaram que pelo menos um deles estava rachado. Para especialistas, essa informação pode ser a chave para desvendar as causas do naufrágio.

Em barcos grandes, como o Imagination, a Marinha exige que os tubulões sejam compartimentados (veja arte). Isso significa que a estrutura deve ser dividida em segmentos menores, sem comunicação entre eles. Dessa forma, se parte dela sofre danos, o ar permanece nas demais e a embarcação não afunda. Mesmo que não evite o acidente, o tubulão segmentado pode fazer com que o veículo naufrague bem lentamente, o que possibilita o resgate.

O Imagination foi construído há 14 anos na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB). Inicialmente, ele era menor e não havia o segundo andar. “A estrutura servia de apoio para as regatas, ficava no meio do lago. Tinha capacidade para apenas 22 pessoas”, conta o vice-presidente de Náutica da AABB, José Bandeira Neto, um dos responsáveis pela construção artesanal.

Depois de três anos de uso, a AABB vendeu a embarcação, que, posteriormente, foi reformada e aumentou a capacidade de passageiros. A equipe da AABB usou material de preço baixo, como chapas mais simples e baratas. José Bandeira afirma que não usou tubulões segmentados. “Quando fiz, eram só dois tubos separados e sem subdivisões.”

Mas, de acordo com a Marinha, o Imagination tem tubulões compartimentados. Essa é a informação que consta no projeto do barco registrado na Delegacia Fluvial de Brasília. “Só a perícia poderá mostrar como era a estrutura. No projeto, a vistoria indica a existência de tubulões com subdivisões”, garante o delegado fluvial Rogério Leite. A última vistoria no barco foi realizada em novembro de 2010, pela empresa Auto Ship, de Araçatuba (SP), cadastrada pela Marinha. O Correio procurou representantes da empresa, mas eles afirmaram que não têm autorização para falar sobre a vistoria.

O engenheiro naval Augusto Luiz Chagas diz que o casco de toda embarcação grande, como o Imagination, precisa ter compartimentos estanques. “Os catamarãs precisam dessas estruturas segmentadas. Se houver vazamento em algum deles, a embarcação não fica comprometida”, justifica o especialista.


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