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Estado de Minas

Uma das armas usadas pelo atirador no Rio custou R$ 260


postado em 09/04/2011 06:55

Dois homens suspeitos de negociar e vender a arma para Wellington Menezes de Oliveira foram presos na noite de ontem por policiais militares do serviço reservado do 21º BPM (São João de Meriti), depois de denúncia de informante. No início da madrugada de hoje, a dupla ainda prestava depoimento na Delegacia de Homicídios. De acordo com o comandante do batalhão, Ricardo Arlem, o chaveiro Charles Souza dos Santos, vizinho de Wellington, teria sido quem intermediou a compra do revólver calibre 32, uma das armas utilizadas no massacre. A arma custou R$ 260 e cada um teria recebido R$ 30 de comissão.

O comandante explicou que Wellington teria procurado o chaveiro, por saber que ele tinha contatos de pessoas que vendiam armas clandestinamente. Ainda segundo a Polícia Militar, as negociações para a compra da arma teriam começado há cerca de quatro meses. Um amigo do chaveiro teria vendido a arma para o atirador. Segundo a PM, o suposto vendedor tem passagens pela polícia pelos crimes de porte ilegal de arma, uso de documento falso e estupro.

De acordo com o comandante Ricardo Arlem, assim que os homens foram abordados pelos PMs, eles negaram a venda, mas depois confirmaram e trocaram acusações. Segundo a PM, o chaveiro revelou que Wellington era conhecido na região onde morava em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, pelo apelido de "Sheik", devido à barba longa que cultivou até dias antes do crime.

“Nós descobrimos esses dois homens porque um PM à paisana ouviu o vendedor comentar ao chaveiro, tá vendo aquela arma que te vendi, tá vendo como ela tava afiadinha?, olha o estrago que ela fez”, reproduziu o comandante.

O comandante contou ainda que os homens negaram vender as munições utilizadas por Wellington. A Divisão de Homicídios, que investiga o caso, tenta esclarecer se os dois homens têm realmente ligação com a venda do armamento.

A polícia apresentou os revólveres calibres 32 e 38 usados pelo atirador. Com o 38 ele chegou a fazer 60 disparos e, se não fosse impedido pelos policiais militares, que chegaram à escola pouco depois do início do ataque, ele ainda teria 22 projéteis intactos para usar contra as crianças, sendo 17 de calibre 38 e cinco de calibre 32.

A Delegacia de Repressão contra Crimes de Informática (DRCI) está avaliando todo o conteúdo do computador e de e-mails de Wellington. Os aparelhos foram encontrados destruídos na casa onde o assassino morava. (PS, com agências)


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