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Estado de Minas ANCARA

Erdogan diz que terroristas não alcançarão seus objetivos após atentado em Ancara


01/10/2023 12:55
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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou neste domingo (1) que os terroristas "não alcançarão seus objetivos", após um atentado suicida reivindicado pelo grupo PKK, que deixou dois feridos no centro da capital Ancara.

O atentado suicida abalou o centro da capital turca poucas horas antes da abertura da nova sessão parlamentar que deve validar a entrada da Suécia na Otan.

O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), grupo armado considerado terrorista pela Turquia e por países ocidentais, reivindicou o atentado suicida.

"Um ato de sacrifício foi cometido contra o ministério turco do Interior, por uma equipe ligada à nossa Brigada dos Imortais", afirmou o grupo à agência de notícias ANF, próxima ao movimento curdo.

"Os perturbados que ameaçam a paz e a segurança dos cidadãos nunca alcançarão os seus objetivos", disse Erdogan em seu discurso.

O Parlamento decidiu prosseguir com sua agenda "sem alterações", informou o porta-voz do Legislativo.

O ministério do Interior informou que dois policiais ficaram feridos no ataque executado por "dois terroristas". Um deles "detonou a carga explosiva que carregava e o outro foi neutralizado".

A vida dos agentes está fora de perigo, segundo a pasta. A área do ataque abriga vários ministérios e o Parlamento.

"Dois terroristas chegaram em um veículo às 9H30 (3H30 de Brasília) na porta de entrada da Direção Geral de Segurança do ministério do Interior e executaram um atentado com bomba", afirmou o ministro do Interior, Ali Yerlikaya.

A forte explosão foi ouvida a vários quilômetros de distância. A onda expansiva derrubou diversas árvores.

Um vídeo gravado por uma câmera de segurança mostra um veículo cinza estacionando lentamente diante da sede da polícia. Um criminoso desce do carro e avança com uma arma na mão, antes de detonar a carga explosiva presa ao corpo diante da cabine de polícia.

O segundo criminoso sai do veículo, mas desaparece das imagens devido à fumaça e poeira levantadas pela explosão.

A polícia de Ancara anunciou que estava realizando "explosões controladas de pacotes suspeitos" devido ao temor de novos atentados. A força de segurança pediu aos moradores da cidade que mantenham a calma.

- Entrada da Suécia na Otan -

O canal de televisão privado NTV informou que tiroteios foram registrados na área próxima do atentado, que foi isolada. Viaturas policiais e ambulâncias estavam no local.

O Parlamento turco deve validar na sessão a entrada da Suécia na Otan.

Hungria e Turquia retiraram em julho os vetos à entrada da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte, mas adiaram a votação para ratificar a adesão.

Erdogan pressiona a Suécia há vários meses a adotar medidas contra as profanações do Alcorão, tema que provoca tensão entre os dois países.

A Finlândia se tornou em abril o 31º país membro da Otan, após três décadas de neutralidade militar e em plena guerra da Ucrânia.

A União Europeia condenou com veemência o atentado.

Ancara, capital da Turquia, já sofreu vários atentados, em particular nos anos 2015 e 2016, muitos deles reivindicados pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) ou pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

O PKK, que luta contra o Estado turco desde 1984, está na lista de grupos terroristas elaborada por Ancara e pelos aliados ocidentais do país.

Os militantes curdos vinculados ao PKK controlam a maior parte do nordeste da Síria.

- Erdogan alerta UE -

"A Turquia não espera mais nada da União Europeia, que nos faz aguardar diante de sua porta há 40 anos", afirmou o presidente Erdogan em seu discurso.

"Nós cumprimos todas as promessas que fizemos à UE, mas eles não cumpriram quase nenhuma das suas", disse Erdogan na sessão de abertura do Parlamento.

O presidente turco acrescentou que não vai tolerar "novas exigências ou condições ao processo de adesão" do país.

"Se a UE tem a intenção de acabar com o processo de adesão que só existe no papel, esta será a sua decisão", acrescentou.

A irritação do presidente aconteceu depois que a Corte Europeia de Direitos Humanos criticou a Turquia por condenar um homem acusado de integrar uma organização terrorista, com base apenas na utilização do aplicativo de mensagens criptografadas ByLock.

O ByLock é considerado pelo governo turco o instrumento de comunicação preferido dos supostos responsáveis pela tentativa de golpe de 2016, que deixou 250 mortos e provocou detenções e expurgos sem precedentes na história turca.

O governo turco atribui o golpe frustrado à organização Fetö (acrônimo utilizado para designar o movimento do pregador Fethullah Gülen).

"A Turquia não vai recuar em sua luta contra este grupo de traidores", afirmou Erdogan.


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