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Estado de Minas KIEV

Ucrânia diz ter 'rompido linha de defesa russa' perto de Bakhmut


18/09/2023 20:49
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A Ucrânia informou, nesta segunda-feira (18), ter rompido a linha de defesa russa depois de recuperar duas aldeias próximas à devastada cidade de Bakhmut, na frente leste, enquanto o presidente Volodimir Zelensky viajou aos Estados Unidos para participar da Assembleia Geral da ONU.

Envolvidas desde junho em uma dura contraofensiva diante das linhas de defesa russas fortalecidas, as tropas ucranianas intensificaram a pressão nos últimos 15 dias no sul e no leste do país.

Nos últimos dias, as tropas de Kiev reivindicaram a captura das aldeias de Andriivka e Klishchiivka e, nesta segunda, o comandante das forças terrestres da Ucrânia, general Oleksandr Sirski, disse que suas unidades conseguiram "romper a linha de defesa do inimigo".

O general afirmou que Andriivka e Klishchiivka "fizeram parte importante da linha defensiva russa, que se estende de Bakhmut a Horlivka", a uma distância de aproximadamente 50 quilômetros.

O militar indicou que a situação na frente leste "continua sendo complicada" e afirmou que "os duros combates seguem perto de Bakhmut".

Bakhmut é uma posição-chave no front leste e está nas mãos das tropas russas desde maio. Essa cidade está arrasada pelos ferozes combates e bombardeios que se estendem há mais de um ano.

O Ministério da Defesa ucraniano informou hoje que suas forças libertaram 2 km² na semana passada na zona de Bakhmut, e mais de 5 km² no sul, onde os esforços agora se concentram no povoado de Verbove.

- Bombardeios e sabotagem -

O Exército ucraniano informou hoje que a Rússia lançou 24 drones e 17 mísseis em um novo bombardeio noturno nas províncias de Mikolaiv e Odessa, no sul do país.

"Foram abatidos 18 drones" e os 17 mísseis de cruzeiro, informaram as forças ucranianas pelo Telegram.

Por sua vez, o Exército russo afirmou que bombardeou posições ucranianas de depósitos de mísseis de cruzeiro Storm Shadow e munições de urânio empobrecido, dois tipos de armas fornecidas pelo Reino Unido.

Algumas horas antes, a Rússia afirmou ter derrubado vários drones ucranianos durante a noite na península anexada da Crimeia, na região de Moscou e nas localidades de Belgorod e Voronezh, perto da fronteira com a Ucrânia.

As autoridades pró-Rússia de Donetsk, um reduto separatista no leste da Ucrânia, relataram um bombardeio ucraniano que atingiu um edifício da administração municipal.

Além disso, as forças de segurança russas anunciaram a detenção, em uma região próxima da fronteira, de dois membros de um grupo armado pró-Kiev que "preparavam atos de sabotagem" e pretendiam "incendiar um prédio administrativo".

Este grupo, a Legião Liberdade para a Rússia, realizou várias incursões armadas em regiões próximas da Ucrânia.

- Queixa de Kiev na OMC -

Apesar dos anúncios, o avanço da Ucrânia frente às defesas russas tem sido limitado, o que deu origem a um debate entre as potências ocidentais aliadas de Kiev sobre a estratégia militar em curso. Tanto os Estados Unidos quanto a Otan alertaram que esperam um longo conflito.

O comandante do Estado-Maior dos Estados Unidos, general Mark Milley, declarou que a contraofensiva "não fracassou", mas que o caminho para a vitória é muito longo.

Por outro lado, Kiev anunciou nesta segunda ter apresentado uma queixa na OMC contra três países da União Europeia (UE) - Polônia, Eslováquia e Hungria -, que estenderam seu embargo às importações de grãos ucranianos, apesar da suspensão das restrições decididas por Bruxelas.

Em abril, a Comissão Europeia, braço executivo da UE, permitiu que cinco países-membros (Polônia, Hungria, Eslováquia, Bulgária e Romênia) bloqueassem a comercialização de trigo, milho, colza e girassol ucranianos em seus países para proteger seus agricultores.

No plano diplomático, Zelensky chegou nesta segunda aos Estados Unidos, onde vai participar da Assembleia Geral da ONU em Nova York e, na quinta-feira, irá para Washington, onde será recebido na Casa Branca pelo presidente Joe Biden.

"A Ucrânia vai apresentar uma proposta concreta aos membros da ONU sobre como fortalecer o princípio da integridade territorial e melhorar a capacidade da ONU para prevenir e deter a agressão", disse Zelensky.

O líder ucraniano terá várias reuniões bilaterais durante esta viagem. Na quarta, ele se encontrará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou à AFP a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

No Vaticano, o papa Francisco, que pede reiteradamente a paz desde que o conflito começou, reuniu-se nesta segunda com o novo embaixador russo na Santa Sé, Ivan Soltanovsky.

"Discutiram, em particular, a missão do enviado especial do papa à Ucrânia, cardeal Matteo Zuppi, destinada a resolver uma série de problemas humanitários", disse Soltanovsky à agência oficial de notícias russa Tass.

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