Timothy Shaddock, de 54 anos, foi localizado junto com sua cadela "Bella" por um barco atuneiro de propriedade da empresa Grupomar. Enquanto estavam à deriva, os dois sobreviveram à base de peixe cru e água da chuva.
"Agradeço, estou vivo [...] Eu só quero ir com calma", disse Shaddock à imprensa após descer do barco. "Estar com meus amigos e minha família é o que eu quero."
Shaddock saiu do barco com barba crescida e com um boné da marca da empresa atuneira.
"Pesquei muito, tinha muito equipamento comigo também e boa quantidade de mantimentos", disse, ao comentar sobre os dias que passou perdido em alto-mar.
"A vida é muito bonita e fomos responsáveis por salvar a vida de um ser humano e da cadelinha que o acompanhava", disse aos jornalistas Antonio Suárez, presidente do Grupomar.
"Temos serviço médico a bordo de nossos barcos [...] caiu em muito boas mãos", acrescentou.
Suárez também relatou que a embarcação que socorreu o náufrago é a menor e mais antiga de sua empresa e que a viagem em que encontraram Shaddock certamente será a última.
"[O barco] vai se despedir de nós de maneira muito agradável", frisou.
A companhia - que vende atum enlatado sob a marca Tuny - disse em comunicado difundido ontem que o australiano "estava a mais de 1.200 milhas [mais de 2.200 quilômetros] de terra firme" quando foi encontrado.
Shaddock e sua cadela haviam partido, a bordo de um catamarã, de La Paz, na península mexicana de Baixa Califórnia, para realizar uma viagem de 6.000 km até a Polinésia Francesa.
Mas sua embarcação, chamada Aloha Toa, sofreu avarias durante uma forte tempestade no Pacífico Oriental, que os deixou à deriva por mais de dois meses.
MANZANILLO