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Estado de Minas JOANESBURGO

África do Sul entregou armas à Rússia, diz embaixador dos EUA


11/05/2023 16:16

O embaixador dos Estados Unidos em Pretória acusou, nesta quinta-feira (11), a África do Sul de prestar apoio militar à Rússia, apesar de sua declarada neutralidade no conflito com a Ucrânia.

Segundo Reuben Brigety, os Estados Unidos estão convencidos de que "se carregaram armas e munições" a bordo de um cargueiro russo, atracado próximo à Cidade do Cabo, no início de dezembro, "antes de que partisse para a Rússia".

"Armar os russos é extremamente grave" e "fundamentalmente inaceitável", declarou em um encontro com meios de comunicação locais.

"Estamos convencidos de que carregaram armas nesse barco e apostaria minha vida pela exatidão dessa afirmação", insistiu o embaixador, afirmando que "o desvio da África do Sul de sua política de não alinhamento é inexplicável".

Questionado no Parlamento sobre o assunto, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, afirmou que as questões relativas a este navio, o Lady R, estão "pendentes", acrescentando que o assunto será discutido no devido "momento".

Seu porta-voz, Vincent Magwenya, argumentou que "até agora não foi apresentada nenhuma prova que corrobore as acusações de envio de armas por parte da África do Sul à Rússia", e acrescentou que investigará o assunto.

A Presidência emitiu, nesta quinta-feira, um comunicado reiterando a falta de provas e lamentando que "as declarações do embaixador minam o espírito de cooperação e associação entre os dois países".

Ao atracar na maior base naval da África do Sul, o navio causou polêmica no país.

O principal partido da oposição, a Aliança Democrática (DA), se mostrou indignado pelo fato de que tenha sido permitido atracar um cargueiro russo, objeto de sanções ocidentais, e criticou que o barco atracou em um porto militar e não em um comercial, denunciando o "mistério" em torno do navio.

A África do Sul mantém com a Rússia estreitos vínculos que remontam à época do Apartheid, na qual o Kremlin apoiou Nelson Mandela e seu partido na luta contra o regime racista.

O país se negou a condenar a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, alegando que queria permanecer neutra e preferia o diálogo para encerrar a guerra.


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