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Estado de Minas BOGOTÁ

Novo ministro da Fazenda colombiano tenta 'tranquilizar' mercado


27/04/2023 21:06

O novo ministro da Fazenda da Colômbia enviou, nesta quinta-feira (27), uma mensagem de "tranquilidade" ao mercado, após sua nomeação surpreendente para pasta em meio a uma crise política marcada pelas dificuldades que o governo enfrenta para implementar suas reformas.

"Temos o compromisso de manter a estabilidade econômica, de dar tranquilidade aos mercados", disse Ricardo Bonilla, em entrevista à emissora La FM.

Ontem, o presidente Gustavo Petro substituiu sete ministros na pior crise política de seu governo desde que chegou ao poder em agosto.

Com esse movimento, o primeiro mandatário de esquerda a governar a Colômbia evidenciou uma ruptura com os partidos tradicionais, que o apoiaram no início de seu governo, diante dos obstáculos para implementar as mudanças profundas que ele havia prometido em sua campanha.

Bonilla substitui José Antonio Campo, um acadêmico liberal que era um nome de consenso por sua experiência e reconhecimento como economista e professor da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.

O primeiro gabinete ministerial do presidente era formado por nomes distantes das forças de esquerda que o levaram à Presidência. No entanto, nesta nova configuração, Petro resolveu integrá-lo com antigos colaboradores.

Ex-secretário da Fazenda durante a gestão do atual presidente como prefeito de Bogotá (2012-2015), Bonilla defende dar "novo fôlego" aos investimentos estrangeiros e "continuar o desenvolvimento econômico do país".

A indicação de Bonilla coincide com um contexto econômico complexo, marcado por uma inflação em 12 meses que superou os 13% em março e um desemprego que chegou a 11,5% da população de 50 milhões de habitantes no mesmo período.

Após as mudanças no gabinete, o preço do dólar fechou cotado a 4.526 pesos colombianos na quarta-feira e subiu para 4.655 nesta quinta.

Petro quer implementar uma série de reformas nos setores de Saúde, Previdência, Justiça, entre outros, mas não conta com maioria suficiente no Congresso.

Além disso, ele tenta acabar com mais de meio século de conflito interno e negociar a paz com diversos grupos armados: a guerrilha do ELN, dissidentes que se afastaram do acordo de paz firmado em 2016 com os rebeldes das Farc, grupos paramilitares e a maior organização do tráfico de drogas no país, conhecida como Clã do Golfo.


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