"Ele tomou essa decisão, é um adulto. Sim, de fato, ele participou da operação militar especial" na Ucrânia, disse à imprensa Dmitri Peskov, recusando-se a revelar mais detalhes.
Yevgueni Prigozhin, fundador do grupo militar privado Wagner, afirmou na semana passada que Nikolai Peskov havia lutado entre suas forças durante seis meses no leste da Ucrânia.
Prigozhin disse que Peskov, de 33 anos, serviu com uma identidade diferente em uma unidade que operava um lança-foguetes múltiplo e que lutou "com coragem e heroísmo".
"Claro, para as pessoas normais esta é uma situação incomum porque todos estão acostumados ao fato de que os filhos da elite são escondidos por seus pais", disse Prigozhim em uma mensagem divulgada por sua assessoria de imprensa.
Ele também disse que aconselhou o jovem Peskov a não servir no exército russo para evitar ser colocado no quartel-general ou enviado como "bucha de canhão" para o front.
Após a declaração de Prigozhin, o tabloide Komsomolskaya Pravda publicou uma entrevista com Nikolai Peskov na qual ele disse que lutou para cumprir seu "dever" e recebeu uma medalha por suas ações.
Há seis meses, Nikolai Peskov foi acusado de tentar evitar o alistamento no exército russo após o anúncio de uma mobilização militar "parcial" no final de setembro. Um blogueiro que apoia o opositor Alexei Navalny ligou para Nikolai Peskov, fazendo-se passar por um recrutador do exército russo.
"Você deve entender, se sabe que sou o senhor Peskov, que não é totalmente correto eu estar lá", disse Nikolai Peskov, dando a entender que não desejava se alistar.
"Não tenho problemas em defender o país. Mas primeiro preciso entender o que é viável para mim", disse.
MOSCOU