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Estado de Minas LIMA

Quatro soldados morrem e dois desaparecem após fugirem de protesto por um rio no Peru


06/03/2023 17:53

Ao menos quatro soldados morreram e dois estavam desaparecidos após tentarem fugir por um rio de manifestantes que, segundo fontes militares, atacaram os homens com pedras na região andina de Puno, sul do Peru, epicentro de protestos violentos contra o governo.

O Ministério da Defesa reportou, nesta segunda-feira (6), a descoberta de quatro corpos de membros da patrulha que se extraviou na véspera nas águas geladas e caudalosas do rio Ilave, afluente do Lago Titicaca (a 3.800 metros de altitude), na fronteira com a Bolívia.

"Hoje colocamos nossa bandeira a meio mastro em sinal de luto e respeito em memória dos nossos corajosos cabos do Exército Franz Canazas, Alex Quispe Serrano, Elvis Pari e do soldado Elías Lupaca", informou a pasta pelo Twitter.

Cinquenta e duas pessoas morreram, incluindo os quatro soldados afogados em Puno, nos protestos e confrontos que eclodiram em dezembro no Peru. Segundo a Defensoria do Povo, os feridos somam 1.300, quase a metade deles militares.

Um vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa mostra 15 militares sentados em círculo e cobertos com mantas informando a um oficial sobre o ocorrido em Puno.

"Atravessamos o rio (...) porque não tínhamos outra escapatória para nenhum lado. Eram entre 800 e 900 pessoas, que nos cercaram e começaram a atirar pedras em nós (...) As pessoas nos chamavam de corruptos e assassinos", contou o soldado Vilca.

Segundo ele, os militares tentaram fazer uma corrente humana ao entrarem no rio, mas foram arrastados pelas águas."Foi aí que a correnteza nos levou e alguns da tropa começaram a se afogar", relatou.

- Hipotermia -

Neste domingo, a Rede de Saúde de El Collao, em Puno, informou ter recebido cinco soldados com hipotermia, que haviam sido resgatados por moradores enquanto estavam se afogando. Brigadas da Marinha e do Exército buscam os dois desaparecidos, informou o ministério da Defesa.

Os militares asseguram que fugiam dos manifestantes que os atacaram com estilingues e paus durante os protestos de camponeses contra o governo da presidente Dina Boluarte, que substituiu Pedro Castillo após ele ser deposto pelo Congresso em 7 de dezembro.

A patrulha seguia de Ilave para a cidade de Juli, também em Puno, onde foram registrados confrontos no sábado, que deixaram ao menos 16 feridos entre civis e militares, além de uma delegacia incendiada.

No próximo 7 de março, Dina Boluarte completa três meses no poder, após substituir Castillo, de quem era vice. Castillo foi afastado da Presidência após uma tentativa frustrada de golpe de Estado, enquanto era investigado por suspeita de corrupção.

Professor rural de 53 anos e líder sindical, Castillo cumpre 18 meses de prisão preventiva na prisão Barbadillo, um pequeno centro de detenção para ex-presidentes, dentro do quartel da Direção de Operações Especiais da Polícia, a leste de Lima. Eleito para um mandato de cinco anos, o ex-presidente estava no cargo havia 17 meses quando foi deposto. Sua queda desatou os violentos protestos.

Os manifestantes exigem a renúncia de Dina Boluarte, o fechamento do Congresso e a antecipação das eleições para 2023.


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