Divulgado em Genebra, o documento do Grupo de Especialistas em Direitos Humanos sobre a Nicarágua menciona execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias, tortura e privação arbitrária da nacionalidade e do direito de permanecer no próprio país.
"Eles são cometidos de maneira generalizada e sistemática por motivos políticos e constituem crimes de lesa-humanidade de assassinato, prisão, tortura, incluindo violência sexual, deportação e perseguição por motivos políticos", afirmou o especialista independente Jan Simon, citado em um comunicado.
"A população nicaraguense vive com o temor das ações que o próprio governo pode tomar contra ela", acrescentou Simon.
O grupo de especialistas é um órgão independente criado por mandato do Conselho de Direitos Humanos da ONU para investigar suspeitas de violações de direitos humanos cometidas na Nicarágua desde abril de 2018. Nessa data, eclodiram no país protestos violentamente reprimidos, com um balanço de mais de 350 mortos.
GENEBRA