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Estado de Minas LISBURN

Primeiro-ministro britânico defende acordo com UE na Irlanda do Norte


28/02/2023 10:05

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, viajou nesta terça-feira (28) à Irlanda do Norte para tentar obter o apoio das forças políticas locais para o acordo comercial anunciado na véspera com a UE, que visa favorecer o comércio nesta província.

"É um acordo fabuloso que responde a tudo o que importa para as pessoas", disse Rishi Sunak ao visitar uma fábrica da Coca-Cola perto de Belfast, a capital da província.

Segundo ele, o novo compromisso vai criar "a zona econômica mais promissora do mundo", com acesso aos mercados britânico e da UE. "Ninguém mais tem isso, só vocês", enfatizou.

Sunak e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificaram na segunda-feira o novo acordo como um marco "histórico" na Irlanda do Norte, uma província britânica que faz fronteira com a República da Irlanda, membro da UE.

O novo acordo, chamado "marco de Windsor", atualiza o protocolo da Irlanda do Norte negociado em 2020 pelo ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson, por ocasião da saída do Reino Unido da União Europeia.

Esse protocolo manteve a Irlanda do Norte dentro do mercado único europeu de bens e mercadorias, com o objetivo de evitar uma fronteira terrestre "dura" com a vizinha República da Irlanda.

O principal problema era que impunha controles alfandegários sobre os produtos do resto do Reino Unido. Com o novo compromisso, apenas as mercadorias suscetíveis de serem exportadas para a República da Irlanda serão submetidas aos controles.

Produtos destinados apenas à Irlanda do Norte não estarão sujeitos a esses controles.

Em termos concretos, isso significa que a carne congelada britânica poderá ser vendida nos supermercados da Irlanda do Norte, que os ingleses poderão enviar encomendas para seus familiares de Belfast sem fazer uma declaração alfandegária ou viajar para a província com seu cachorro sem a necessidade de um certificado veterinário.

O acordo com a UE foi concluído poucas semanas após o 25º aniversário dos Acordos de Sexta-feira Santa, que puseram fim a um conflito armado de três décadas (com um saldo de 3.500 mortos) entre unionistas, defensores da permanência no Reino Unido, e os republicanos, defensores da adesão da província à República da Irlanda.

O pacto foi saudado como uma "etapa essencial" para a paz pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e recebido com entusiasmo por Paris, Berlim, Dublin e pelos círculos empresariais britânicos.

- Convencer os unionistas -

O governo britânico sustenta, assim, que o acordo, duramente negociado com a UE, permitirá dinamizar as trocas comerciais com a província da Irlanda do Norte.

Sunak tem agora o desafio de convencer a ala direita do seu Partido Conservador, e também o Partido Unionista Democrático (DUP), que se opõe a qualquer movimento que ponha em causa a adesão da Irlanda do Norte ao Reino Unido.

Os unionistas bloquearam o governo local por um ano, exigindo que o protocolo fosse abandonado, e recusam a aplicação de fato da lei da UE na Irlanda do Norte.

O líder do DUP, Jeffrey Donaldson, disse à BBC nesta terça-feira que o acordo "aborda em parte as preocupações" existentes, embora "existam questões que continuamos discutindo com o governo e com as quais levaremos nosso tempo".

Um dos possíveis obstáculos é justamente o papel que o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) mantém na administração do novo acordo comercial.

Ian Paisley, um deputado do DUP, disse que o novo acordo "não está à altura".

"É totalmente compreensível que eles (os unionistas) queiram examinar os detalhes do projeto", reagiu o ministro das Relações Exteriores britânico, James Cleverly, ao Sky News.

No entanto, se os unionistas do DUP não concordarem em reativar as instituições locais da Irlanda do Norte com o partido republicano Sinn Fein, "será extremamente decepcionante", disse o ministro.

Daily Mail


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