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Estado de Minas GENEBRA

ONU pede 4,3 bilhões de dólares para Iêmen, mas só arrecada 1,2 bilhão


27/02/2023 17:40

As Nações Unidas só conseguiram de doadores internacionais pouco mais de um quarto dos 4,3 bilhões de dólares (cerca de 22,3 bilhões de reais) que precisam para o Iêmen, onde dois terços da população depende de ajuda humanitária.

"Hoje recebemos 31 promessas de doações, que totalizam 1,2 bilhão de dólares (6,2 bilhões de reais)", disse Martin Griffiths, coordenador de ajuda emergencial da ONU.

"Se pudéssemos chegar a 2 bilhões (10,3 bilhões de reais) neste fim de semana, seria ótimo", acrescentou durante a sétima conferência de doadores para este país, mergulhado num conflito devastador desde 2014.

"A comunidade internacional mostrou que abandonou o Iêmen", criticou Erin Hutchinson, chefe para o Iêmen da ONG Norwegian Refugee Council. Isso demonstra, segundo a organização, que "alguns humanos têm menos valor que outros".

Griffiths lembrou que na conferência de doadores anterior, no ano passado, o valor inicialmente prometido foi quase o mesmo e que por fim, dada a gravidade da situação, os países entregaram uma ajuda de 2,2 bilhões de dólares (11,4 bilhões de reais).

Privadas de metade dos fundos previstos, as agências de ajuda humanitária foram obrigadas a reduzir as rações alimentares neste país do sul da península arábica.

Mas, ao mesmo tempo, conseguiram reduzir o número de pessoas à beira da fome, de mais de 150 mil a quase zero.

Para o Norwegian Refugee Council, "as consequências desta falta de generosidade serão, sem dúvida, desastrosas para o povo iemenita".

As organizações de ajuda humanitária esperam poder ajudar 17 dos 21,7 milhões de pessoas que precisam de assistência no país.

"Este ano temos uma oportunidade real de mudar a trajetória do Iêmen e avançar em direção à paz", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres.

A guerra civil que o Iêmen vive desde 2014 gerou uma das mais graves crises humanitárias do mundo, com centenas de milhares de mortos, deslocamentos e fome em massa.

Os rebeldes Houthi apoiados pelo Irã enfrentam o governo, respaldado por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.


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