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Estado de Minas SÃO SEBASTIÃO

Trabalhos de resgate continuam após temporal no litoral paulista


21/02/2023 17:32

Equipes de resgate continuam nesta terça-feira (21) a busca por sobreviventes no litoral paulista, onde chuvas "inéditas" deixaram pelo menos 44 mortos e dezenas de desaparecidos no último fim de semana, informaram as autoridades.

"Os trabalhos de busca, resgate e salvamento seguem ininterruptamente na região", onde bairros inteiros ficaram debaixo d'água, escombros de casas foram arrastados por deslizamentos de terra e carros foram destruídos por árvores caídas, informou o governo de São Paulo em nota.

O município de São Sebastião, destino balnear localizado a cerca de 200 quilômetros da cidade de São Paulo, registrou mais de 680 mm de chuva em 24 horas. Trata-se de o maior acumulado a cair de forma ininterrupta da história do Brasil, de acordo com o o governo do estado.

No meio da manhã desta terça-feira, o governo elevou o balanço de mortes para entre 40 a 44.

As autoridades informaram que 1.730 pessoas ficaram desalojadas e 766 desabrigadas em todo o estado.

Em um hospital da região foram atendidas 25 pessoas, incluindo seis crianças, das quais sete permaneciam em estado grave.

A prefeitura informou que as autoridades armaram uma tenda no centro de São Sebastião para realizar um velório coletivo das vítimas.

- Turistas evacuados -

Imagens na imprensa e nas redes sociais mostraram vizinhos, alguns descalços, retirando a lama de suas casas com pás e enxadas, ao lado de máquinas pesadas que passavam recolhendo entulhos.

Moradores da praia vizinha de Juquehy, ainda abalados pela temporal do fim de semana, passaram mais uma noite angustiados quando as chuvas causaram novos deslizamentos na madrugada desta terça-feira. Cerca de 80 pessoas deixaram suas casas, mas nenhuma vítima foi registrada, de acordo com as autoridades.

As chuvas devem continuar na região durante a semana, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobrevoou a área afetada na segunda-feira (20) e alertou contra o urbanismo improvisado no Brasil, onde 9,5 milhões de pessoas vivem em áreas com risco de deslizamentos ou inundações, segundo dados oficiais.

Enquanto as primeiras doações começam a chegar às áreas atingidas, as autoridades pedem aos turistas que deixem o litoral paulista.

Com as rotas ainda bloqueadas pelos deslizamentos de terra, alguns turistas foram evacuados de barco, enquanto o intenso tráfego de helicópteros continuou indo e voltando das áreas mais afetadas.

"Não tinha como sair para nenhum dos dois lados", contou à AFP Gabriel Bonavides, de 19 anos e que passava o feriado em uma casa alugada com amigos. "Deixamos o carro lá e tivemos que voltar de barco", acrescentou o estudante de Direito.

Carregando seus poucos pertences, os evacuados desembarcaram na costa, enquanto a uma curta distância muitos banhistas aproveitavam o dia na praia.

Outros pagaram até R$ 30.000 por um voo de helicóptero para deixar a região, segundo a mídia local.

O Brasil sofre com frequência de eventos extremos e os cientistas não descartam uma ligação com os efeitos das mudanças climáticas.

Em 2022, outro forte temporal deixou 241 mortos na cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro.


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