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China flexibiliza medidas anticovid e diminui quarentena para viajantes

O país asiático é a última grande economia mundial a persistir com a estratégia 'covid zero'


11/11/2022 11:06 - atualizado 11/11/2022 12:57

Mulheres chinesas de máscaras na rua
As pessoas que viajam de áreas de alto risco para áreas de baixo risco terão que passar sete dias de quarentena em casa, em vez de permanecer em instalações do Estado (foto: Wang Zhao/AFP)

 

A China anunciou nesta sexta-feira (11) a flexibilização de algumas restrições contra a covid, em particular as vinculadas às viagens internacionais.

O país asiático é a última grande economia mundial a persistir com a estratégia "covid zero", que inclui confinamentos, testes em larga escala e quarentenas que prejudicam a atividade empresarial e as cadeias de abastecimento.

Em uma reunião na quinta-feira do Comitê Permanente do Politburo do Partido Comunista, o presidente Xi Jinping e os outros seis membros do órgão mais poderoso do país aprovaram a redução de algumas medidas.

De acordo com o anúncio publicado pelo governo nesta sexta-feira, o país reduz o período de quarentena para os viajantes que chegam ao país de 10 para oito dias (cinco em centros de isolamento do estado e três em casa).

Durante o período, os viajantes que chegam ao país devem ser submetidos a seis testes PCR e não poderão sair às ruas de maneira livre, segundo o governo.

Outra mudança: os viajantes precisarão apresentar apenas um teste PCR com resultado negativo para covid-19 realizado nas 48 horas anteriores ao embarque em um avião para a China, e não os dois atuais.

As novas regras permitem que ""pessoas do mundo dos negócios" e "grupos esportivos" evitem a quarentena desde que permaneçam em um "circuito fechado" durante sua estadia.

As autoridades também acabaram com um sistema repentino de cancelamento de voos como punição às companhias aéreas com aviões que registram uma determinada proporção de casos positivos de covid entre os passageiros.

Isolar apenas os contatos diretos 

 

O influente comitê do Partido Comunista também acabou com algumas restrições que afetavam a vida diária dos cidadãos.

A partir de agora, as autoridades de saúde não solicitarão mais a identificação e o isolamento dos "contatos próximos secundários", com o isolamento apenas das pessoas que estiveram em contato direto com uma pessoa infectada.

Também reduziram o sistema de risco doméstico do vírus, que passa de três para dois níveis, divididos em zonas de "alto risco", submetidas a restrições, e de "baixo risco", com medidas mínimas.

As pessoas que viajam de áreas de alto risco para áreas de baixo risco terão que passar sete dias de quarentena em casa, em vez de permanecer em instalações do Estado.

Uma zona será definida como de baixo risco se não registrar nenhum contágio de covid durante cinco dias consecutivos.

Os trabalhadores de setores onde a exposição ao vírus é maior, como a tripulação de aviões, funcionários de centros de quarentena ou trabalhadores de aeroportos, terão quarentenas mais curtas.

Na quinta-feira, a imprensa estatal informou que os membros do Comitê Permanente do Politburo se comprometeram a manter a estratégia covid zero de maneira "inabalável", mas não descartaram alguns ajustes.

Cansaço da população 

 

O ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira 10.535 novos casos positivos nas últimas 24 horas, a grande maioria assintomáticos.

A política de "covid zero" ajudou a limitar as contaminações. Oficialmente, pouco mais de 5.000 mortes foram registradas no país durante a pandemia, contra mais de um milhão nos Estados Unidos.

Mas esta política está provocando um cansaço crescente na população.

Além disso, as consequências econômicas são tantas que os analistas consideram impossível que a China alcance a meta de crescimento de "cerca de 5,5%" em 2022.

"Este é o primeiro passo para eliminar a política de covid zero", disse Henry Gao, professor da Universidade de Administração de Singapura.

"Terá um efeito muito positivo no mercado e estimulará a confiança dos investidores", declarou à AFP.

Porém, Zhao Lijian, porta-voz da diplomacia chinesa, minimizou os anúncios desta sexta-feira.

"As novas medidas visam tornar a prevenção e o controle mais científicos e precisos. Não se trata em absoluto de um relaxamento da política de saúde", afirmou.

De qualquer maneira, os anúncios foram bem recebidos pela Bolsa de Hong Kong, que encerrou a sessão de sexta-feira em alta de mais de 7%.


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