No processo lançado por Bruxelas por práticas anticoncorrenciais, os direitos de defesa do fabricante americano de componentes eletrônicos não foram respeitados, e a decisão fica anulada "em sua totalidade", explicou o tribunal luxemburguês em um comunicado.
Ao anunciar a multa, em 2018, a comissária europeia de Concorrência, Margrethe Vestager, alegou que a Qualcomm havia "alienado ilegalmente seus concorrentes", ao reduzir seus preços para permitir que a Apple usasse seus serviços.
Esse acordo, havia afirmado Vestager, era "com a condição de que a Apple usasse, exclusivamente, chips da Qualcomm em todos os seus iPhones e iPads".
Na ocasião, a Comissão Europeia havia afirmado, em uma nota, que a multa levava em conta "a duração e a gravidade da infração" e buscava dissuadir os atores do mercado de adotarem tais práticas anticoncorrenciais no futuro.
Ao ser anunciada, a multa representava 4,9% do volume de negócios da Qualcomm em 2017.
Nesta quarta-feira, porém, o Tribunal Geral da UE observou que "uma série de irregularidades processuais afetou os direitos de defesa da Qualcomm e invalidou a análise da Comissão sobre a conduta imputada à Qualcomm".
Além disso, o Tribunal Geral observou que "a Comissão [Europeia] cometeu uma série de irregularidades na preparação do processo".
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