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Estado de Minas WASHINGTON

Crianças da América Latina perderam quase 2 anos de aprendizagem na pandemia (BM)


02/06/2022 20:26

As crianças que voltaram às aulas presenciais na América Latina depois dos fechamentos impostos pela pandemia estão atrasadas entre um e 1,8 ano, segundo um alerta feito nesta quinta-feira (2) pelo Banco Mundial, juntamente com Unicef, a Unesco e o Diálogo Latino-americano.

Os presidentes do Chile, Gabriel Boric; de Honduras, Xiomara Castro; da Argentina, Alberto Fernández, e do Equador, Guillermo Lasso, se somaram à iniciativa promovida pelas quatro organizações.

A crise educacional na região "não tem precedentes" e "se não agirmos agora", toda uma geração "será menos produtiva no futuro e terá menos oportunidades de progresso", disse Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe durante este fórum virtual para a recuperação educacional.

"Segundo nossas estimativas, os estudantes de hoje poderiam ver diminuir sua renda ao longo de sua vida em até 12%", acrescentou.

A América Latina e o Caribe experimentaram um dos fechamentos escolares mais prolongados do mundo e ainda há alunos que não voltaram às salas de aula.

Antes da pandemia, a região já sofria uma crise educacional e só um terço dos estudantes dispunha das competências mínimas ao concluir o ensino fundamental. Além disso, cerca de 10,5 milhões não estavam escolarizados.

Isto piorou com a pandemia, sobretudo entre as crianças com dificuldades de acesso ao ensino remoto.

"Encontrei meninos que já tinham se esquecido da tabuada, sabendo que estão em idades de 14 a 18 anos", comentou Karen Farfán, uma professora equatoriana, em um vídeo transmitido durante o fórum.

"Uma geração inteira perdeu uma quantidade gigante de horas de aprendizagem", razão pela qual "estamos em modo emergência", afirmou Italo Dutra, assessor regional de educação do Unicef.

Para impedir uma catástrofe geracional, o fórum pede aos governos que deem caráter de urgência à recuperação e se assegurem de que todos os estudantes voltem às aulas.

Em uma mensagem gravada, o presidente chileno defendeu "não seguir com a lógica das provas padronizadas (...) sobre conhecimentos que no fim do dia não servem aos meninos e meninas".

"O que queremos hoje em dia é que voltemos a conviver, que voltemos a nos encontrar, que nos façamos cargo da tremenda brecha educacional", disse.

Sua colega hondurenha avaliou que "o direito à educação tem diminuído pela aplicação de políticas neoliberais".

Alberto Fernández insistiu em que as sociedades mais ricas não são as que têm petróleo, gás ou ouro, mas "as que têm sido capazes de desenvolver o conhecimento" para o futuro.

O presidente equatoriano pediu, por sua vez, "a todos os atores da sociedade civil e do setor público em nível nacional e internacional" a "unirem esforços pela educação".


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