"Gostaria de anunciar que as partes em conflito concordaram com a ONU em renovar a trégua atual no Iêmen por mais dois meses", disse o enviado especial da ONU para o Iêmen, Hans Grundberg, em um comunicado.
O Iêmen está mergulhado em um duro conflito desde que rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, assumiram o controle da capital, Sanaa, em 2014.
No ano seguinte, uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita interveio no país para apoiar o governo.
Além de um cessar-fogo relativamente respeitado, a trégua incluiu uma série de medidas para aliviar o sofrimento da população, como a reabertura do aeroporto da capital, Sanaa, para voos comerciais, a facilitação do abastecimento de combustível e o levantamento dos cercos impostos a algumas cidades.
Grundberg destacou os "efeitos positivos concretos" da trégua para os cerca de 30 milhões de habitantes do país e fez inúmeras consultas para convencer as diferentes partes a renová-la. Ambos os lados pareciam querer manter suas respectivas posições apesar da pressão internacional.
"Para que a trégua possa atingir plenamente seu potencial, será necessário adotar medidas adicionais, em particular no que diz respeito à abertura de estradas e (à retomada das) operações de voos comerciais", acrescentou Grundberg.
"Continuarei colaborando com as partes para aplicar e consolidar plenamente todos os elementos da trégua e avançar rumo a uma solução política sustentável do conflito que satisfaça as aspirações e demandas legítimas de homens e mulheres do Iêmen", completou.
DUBAI