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Estado de Minas KRAMATORSK

Zelensky visita o leste da Ucrânia e Rússia intensifica cerco à região


29/05/2022 14:10

O presidente ucraniano Volodimir Zelensky visitou neste domingo (29) o leste do seu país pela primeira vez desde o início da invasão russa, que aperta o cerco sobre as cidades de Severodonetsk e Lyssychansk, no Donbass.

Em imagens divulgadas no Telegram, ele aparece vestido com colete à prova de balas, inspecionando a destruição, bem como veículos destruídos na beira da estrada, acompanhado por colaboradores e soldados armados.

Kharkiv, bombardeada quase diariamente desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, vivencia uma pausa de algumas semanas com a saída de tropas russas em outras direções, no leste e sul da Ucrânia. A parte leste da cidade, no entanto, continua sendo bombardeada às vezes pela artilharia russa.

Moscou está atualmente concentrando sua ofensiva nessa parte do território, especificamente na região do Donbass, depois de fracassar em sua tentativa de tomar Kiev, a capital.

A situação em Lyssychansk "claramente se agravou", disse o governador da região de Luhansk, Serguei Gaidai, no aplicativo de mensagens neste domingo.

"Nesta guerra, os invasores estão tentando obter um resultado, seja ele qual for. Mas devem ter entendido há muito tempo que defenderemos nossa terra até o fim. Eles não têm saída, vamos lutar e vencer", disse Zelensky.

- "Bombardeios constantes" -

No sábado, o ministério da Defesa russo anunciou a ocupação da cidade-chave de Lyman. Seu controle abre caminho para Sloviansk e Kramatorsk, no Donbass.

O comandante das forças armadas russas do distrito central, general Alexandre Lapine, elogiou no domingo a "coragem e heroísmo" dos soldados russos que participaram na tomada de Lyman.

No domingo, o exército ucraniano também informou que as tropas russas estavam se reagrupando massivamente nesta área.

Até Zelensky reconheceu que "a situação nesta região do Donbass (era) muito, muito difícil", com bombardeios pesados de artilharia e mísseis. No entanto, ele assegurou que "se os ocupantes acreditam que Lyman e Severodonetsk são deles, estão errados".

Por sua vez, o prefeito de Severodonetsk, Olexander Stryuk, assegurou que "os russos usaram muitos meios para tomar a cidade mas não conseguiram (...) Achamos que a cidade vai resistir".

Os "bombardeios constantes" dificultam muito o abastecimento, especialmente de água potável, e a cidade está sem eletricidade há mais de duas semanas, disse o funcionário via Telegram.

- " Cara nova" -

Durante sua viagem a Kharkiv, Zelensky discutiu planos de reconstrução com as autoridades locais. Segundo ele, existe a possibilidade de que as áreas devastadas pelos combates "tenham uma cara nova".

Os moradores apareceram para tomar um café, comer alguma coisa ou tomar o sorvete "Biloshka", uma especialidade da casa que é servida desde a década de 1960.

"Precisamos manter o trabalho. A cidade está voltando aos poucos ao que era", disse Alyona Kostrova, proprietária do café, à AFP.

O cardápio foi cortado por problemas de abastecimento e o estabelecimento funciona com mão de obra reduzida.

A atmosfera é muito diferente em Saltivska, um bairro distante do centro onde ainda caem mísseis russos.

"Eu não diria que as pessoas compram muito. As pessoas não têm dinheiro", disse Vitaly Kozlov, 41, enquanto vendia ovos, carne e legumes.

"Venho uma vez por semana" para vender coisas, disse Volodymyr Svidlo. O homem de 82 anos, que não tem aposentadoria, vive do que colhe em sua roça.

- "Desestabilização" -

Zelensky falará na segunda-feira na cúpula europeia em Bruxelas, onde os líderes dos 27 estados membros se reunirão para tomar uma decisão sobre o embargo ao petróleo russo.

Ao mesmo tempo, a mídia dos EUA informou que Washington está se preparando para fornecer vários sistemas de foguetes de lançamento (MLRS), algo que a Ucrânia reivindicou para combater o poder militar russo.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, não confirmou o envio da M270 MLRS, uma arma muito móvel, capaz de disparar até 300km de distância.

Em comunicado publicado neste domingo, o Ministério da Defesa da Rússia garantiu que o exército destruiu "com precisão e mísseis de longo alcance um importante arsenal das forças ucranianas" na região de Dnipropetrovsk (sudeste).

Esses mísseis também atingiram um sistema de defesa antiaérea ucraniano na região de Donetsk, uma estação de radar em Kharkiv e cinco depósitos de munição perto de Severodonetsk nas últimas 24 horas, segundo as mesmas fontes.

No sábado, durante uma ligação com os líderes da Alemanha e da França, Putin também considerou "perigoso continuar inundando a Ucrânia com armas ocidentais" e alertou para o risco de uma futura "desestabilização", segundo o Kremlin.

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