"Informações da inteligência colombiana revelam a suposta morte de Gentil Duarte no estado venezuelano de Zulia, devido a um confronto entre grupos de narcotraficantes e terroristas", disse o ministro Molano.
Gentil Duarte participou das negociações de paz entre o governo e as Farc em Havana, mas foi um dos primeiros líderes guerrilheiros a pegar novamente em armas após a assinatura do acordo, em 2016. Desde então, o rebelde, 59 anos, vinha liderando uma facção dissidente conhecida como Bloco Sul-Oriental, que, segundo relatórios independentes, conta com uma força de cerca de 1.700 combatentes, que atuam principalmente na fronteira e na Amazônia colombiana.
Segundo o jornal "El Tiempo", que cita fontes da inteligência de ambos os países, Duarte morreu no começo do mês, devido a uma explosão em seu acampamento na selva, localizado perto do município de Casigua del Cubo. O governo oferecia uma recompensa de até 1 milhão de dólares pelo seu paradeiro.
O Bloco Sul-Oriental disputa as rotas do narcotráfico com outra facção dissidente das Farc, conhecida como Segunda Marquetalia, e com o ELN, última guerrilha reconhecida no país.
"Essa é mais uma prova, se esse fato for confirmado, de que o regime de Maduro protege grupos terroristas e narcotraficantes em seu solo", lançou Molano, acrescentando que Duarte fugiu para aquele país devido à perseguição do Exército colombiano.
Caracas negou em diversas ocasiões as acusações do governo de Iván Duque sobre o suposto refúgio que oferece a grupos armados colombianos, e não comentou a suposta morte de Botache.
Sem um comando unificado, os dissidentes somam cerca de 5.200 militantes, distribuídos por diferentes regiões do país, segundo a ONG Indepaz. Eles se financiam principalmente do narcotráfico e da exploração ilegal de ouro e outros minerais. A maioria (85%) são recrutas que não fizeram parte da extinta organização rebelde, segundo a mesma fonte.
BOGOTÁ