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Estado de Minas WASHINGTON

Biden tenta se concentrar na Ásia apesar de guerra na Ucrânia


09/05/2022 19:49

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vem repetindo isto desde o princípio: a prioridade de sua política externa é a China e, apesar de o foco atual estar na Ucrânia devido à invasão russa, seu governo tenta voltar suas atenções para a Ásia.

A administração democrata prepara uma série de datas para mostrar que não perdeu de vista os seus objetivos, mesmo que a guerra ucraniana se prolongue.

Nas próximas quinta e sexta-feira, Biden recebe em Washington os líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) para reafirmar os interesses dos Estados Unidos na região, que é palco de tensões com Pequim.

Uma semana depois, viajará a Japão e Coreia do Sul. Em Tóquio, também participará de uma cúpula com os líderes do "Quad", uma aliança de quatro países (Austrália, Índia, Japão e Estados Unidos) para se contrapor às ambições da China.

A visita permitirá que Biden, que viaja ao exterior apenas em ocasiões muito específicas, se reúna pessoalmente com seus principais aliados na região da Ásia-Pacífico.

Seu secretário de Estado, Antony Blinken, pronunciará em breve um importante discurso sobre a política externa americana relativa à China, que foi adiado na semana passada depois que ele foi diagnosticado com covid-19.

A sombra da invasão russa, no entanto, seguirá sobre todos esses encontros, mas a equipe de Biden espera conseguir se afastar da mesma.

Na cúpula da Asean, "a guerra na Ucrânia será um tema de debate, mas também uma oportunidade para falar sobre a segurança na região", comentou a secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

Além disso, Psaki mencionou a pandemia de covid-19 e a Coreia do Norte, que corre o risco de voltar a ser uma prioridade para os Estados Unidos devido aos temores de um novo teste nuclear iminente de Pyongyang, após uma moratória de quase cinco anos.

A relação com a China tem sido um desafio para os sucessivos governos americanos, que tentam se adaptar à ascensão econômica e tecnológica do gigante asiático, e também ao endurecimento político interno de Pequim e a seu apetite crescente no cenário internacional.

O ex-presidente democrata Barack Obama já havia definido a Ásia como prioridade da política externa americana, com o objetivo de se desvincular do Oriente Médio e de suas guerras longas e custosas.

Contudo, essa mudança não tem sido fácil: o próprio Obama teve que mobilizar tropas no Iraque para contra-atacar a organização jihadista Estado Islâmico (EI) e, agora, Biden enfrenta na Europa uma das crises mais graves desde a Segunda Guerra Mundial.


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