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Estado de Minas JERUSALÉM

Forças israelenses capturam dois palestinos suspeitos de ataque


08/05/2022 15:21

Dois palestinos suspeitos de um ataque na cidade de Elad, no centro de Israel, que deixou três israelenses mortos, foram presos neste domingo (8) após uma perseguição que durou mais de dois dias.

"Os dois terroristas que mataram três civis israelenses no ataque mortal na cidade de Elad foram presos", disseram a polícia, o exército e o Shin Bet (serviço de inteligência interna) em um comunicado conjunto.

Na quinta-feira, dia do 74º aniversário da criação do Estado de Israel, dois homens mataram três israelenses e feriram outros quatro na cidade de Elad, onde alguns de seus 50 mil habitantes são judeus ultraortodoxos.

Segundo testemunhas, dois indivíduos atacaram um veículo e começaram a agredir os passageiros com machados, deixando três mortos, e depois conseguiram fugir no mesmo carro.

Os dois suspeitos, identificados pela polícia israelense como Asad Yusef Al Rifai, de 19 anos, e Subhi Imad Abu Shukair, 20, eram perseguidos desde a noite de quinta-feira.

Eles foram encontrados neste domingo perto da cidade de Elad, situada perto da metrópole de Tel Aviv.

Eles entraram em Israel através de uma barreira porosa de separação da Cisjordânia algumas horas antes do ataque, acrescentou a fonte militar.

Na noite de domingo, um palestino que tentava entrar no território israelense através de uma barreira de separação no norte da Cisjordânia ocupada foi morto pelo exército israelense, disse o corpo armado.

Em nota, o exército disse que os militares "identificaram uma [pessoa] tentando atravessar a barreira de segurança [...] perto de Tul Karem" e foi "alvejada pelas forças". O hospital Sheba, no centro de Israel, disse à AFP que o palestino morreu devido aos ferimentos.

O ataque em Elad foi o sexto contra israelenses desde 22 de março.

Israel havia estendido até este domingo o fechamento da Cisjordânia e da Faixa de Gaza para, segundo as autoridades, "impedir a fuga dos terroristas" para esses territórios palestinos.

Neste domingo, um homem esfaqueou um policial israelense perto da Cidade Velha de Jerusalém e depois foi ferido por tiros das forças israelenses, disseram policiais e médicos israelenses.

Um homem foi "neutralizado" pelas forças israelenses depois de esfaquear um agente israelense, disse a polícia em comunicado.

O agente foi levado para um hospital, disse a mesma fonte, enquanto os médicos indicaram que o agressor não estava morto.

- "Ira" -

O presidente palestino Mahmoud Abbas condenou "o assassinato de civis israelenses". Mas os movimentos islâmicos armados palestinos Hamas e Jihad Islâmica "celebraram" - sem reivindicá-lo - o que chamaram de um ataque "heroico".

Segundo eles, foi realizado em resposta à violência em Jerusalém Oriental, o setor palestino da Cidade Santa ocupado por Israel desde 1967.

"Esta operação (em Elad) mostra a raiva de nosso povo ante os ataques da ocupação (israelense) a locais sagrados muçulmanos", disse Hazem Qasem, porta-voz do Hamas, o movimento islâmico que controla a Faixa de Gaza, um enclave palestino de 2,3 milhões de habitantes.

Desde meados de abril, confrontos recorrentes entre a polícia israelense e manifestantes palestinos causaram quase 300 feridos, a grande maioria palestinos, na Esplanada das Mesquitas, localizada em Jerusalém Oriental, ocupada desde 1967 por Israel.

Na quinta-feira, eclodiram novos confrontos entre manifestantes palestinos após o retorno dos fiéis judeus à Esplanada, também considerada o lugar mais sagrado do judaísmo sob o nome de Monte do Templo, para onde queriam ir por ocasião do 74º aniversário da criação do Estado de Israel.

Para os palestinos, o aniversário da declaração de independência de Israel em 1948 marca a "Nakba", ou "catástrofe", quando mais de 700.000 palestinos fugiram ou foram expulsos durante a guerra em torno da criação do Estado de Israel.

O ataque de Elad elevou para 18 o número de mortos em ataques anti-israelenses desde 22 de março, alguns por árabes israelenses e outros por palestinos.

Em resposta, o exército israelense realizou várias operações na Cisjordânia ocupada. No total, desde março, pelo menos 27 palestinos foram mortos, incluindo autores de ataques.


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