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Estado de Minas NOVA YORK

Os efeitos da liberação das reservas de petróleo no mercado


01/04/2022 19:28

O presidente Joe Biden decidiu liberar em seis meses 180 milhões de barris das reservas estratégicas de petróleo dos Estados Unidos. A medida conseguirá estabilizar o mercado e reduzir os preços como esperado pelo mandatário americano?

- Que efeito a medida terá sobre os preços do petróleo? -

O preço do barril de WTI, principal variedade americana, caiu 7% na quinta-feira após o anúncio de Biden, mas caiu 1% nesta sexta-feira.

"O uso das reservas já estava integrado aos preços de mercado, que agora buscam outra nótícia para se orientar", avaliou Andy Lipow, do escritório Lipow Oil Associates.

O compromisso assumido nesta sexta-feira por outros países na Agência Internacional de Energia de também liberar reservas pesou moderadamente nos preços. Pela primeira vez em duas semanas, o WTI fechou abaixo de US$ 100 (99,27) enquanto em Londres caiu 0,30% para US$ 104,39.

"O anúncio não terá um efeito prolongado sobre os preços", disse Edward Moya, da Oanda. "Então, se os riscos geopolíticos se intensificarem, o petróleo verá as perdas da semana serem apagadas."

- Como isso afetará os postos de gasolina? -

Biden disse que espera que um galão (3,78 litros) de gasolina caia entre 10 e 35 centavos nos Estados Unidos.

Nesta sexta-feira, a gasolina comum não caiu mais do que um centavo em média e estava perto de seu recorde histórico (US$ 4,33) atingido em 11 de março.

Lipow espera uma redução entre 10 e 15 centavos "em uma semana ou dez dias", mas não muito mais "porque o mercado considera essa (medida) excepcional. Nada será retirado do subsolo para substituir o petróleo russo".

Bill O'Grady, da Confluence Investment Management, disse que o efeito nos preços da gasolina "provavelmente será menor do que no petróleo", porque os Estados Unidos, cujo nível de refino é de 92%, não têm recursos para processar muito mais petróleo bruto.

- Há risco de outro choque em seis meses? -

Assim que os barris dos Estados Unidos e de outros países da Agência Internacional de Energia (AIE) forem liberados, os fundamentos do mercado assumirão o controle.

No entanto, mesmo antes da invasão da Ucrânia e das sanções a Moscou, que dissuadiram a compra de petróleo russo, a oferta já estava aquém da demanda.

"Os preços terão que subir, seja para estimular o aumento da produção ou para desencorajar a demanda", disse Lipow.

Além disso, com as reservas estratégicas em seu nível mais baixo desde 1984, os Estados Unidos seriam duramente pressionados se confrontados com uma nova contingência, alertou.

"Estaremos na temporada de furacões e se uma tempestade interromper parte da produção no Golfo do México, não teremos muitas opções para cobrir o que está faltando."

Dan Pickering, da Pickering Energy Partners, tuitou que os preços do barril para entrega em seis meses ou mais estavam em alta desde quinta-feira porque "as reservas terão que ser reabastecidas" e os Estados Unidos terão que ir ao mercado para comprar petróleo.

- Os produtores dos EUA vão se abster de extrair petróleo? -

"É possível", respondeu Lipow, "porque os preços vão baixar a curto prazo".

Por outro lado, Biden acusou na quinta-feira as petrolíferas de acumular "lucros recordes" em vez de investir em uma maior produção.

"Por que eles aumentariam sua produção quando o governo está fazendo tudo o que pode para reduzir o valor do produto que vendem?", perguntou Bill O'Grady.


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