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Estado de Minas WASHINGTON

EUA está a um passo de recuperar o mercado de trabalho


01/04/2022 14:57

O mercado de trabalho dos Estados Unidos está quase recuperado do desemprego gerado pela pandemia, criando milhares de empregos em março e retornando à taxa de desemprego anterior à crise de covid.

O Departamento do Trabalho informou nesta sexta-feira (1) que a taxa de desemprego caiu mais do que o esperado, para 3,6%; ligeiramente acima dos 3,5% de fevereiro de 2020, enquanto a economia criou 431 mil novos empregos no mês.

"É uma recuperação histórica. Os americanos estão de volta ao trabalho", tuitou o presidente Joe Biden, cujo governo enfrenta baixas taxas de aprovação nas pesquisas, em grande parte porque a inflação atingiu recordes mesmo com o aumento da criação de empregos.

Os analistas duvidam que a recuperação robusta do mercado de trabalho possa ser sustentada.

"O relatório de empregos de hoje é uma ótima notícia, pois significa que a economia se recuperou em grande parte do impacto da pandemia", tuitou Mark Zandi, da Moody's Analytics.

"Mas é um pouco preocupante que o mercado de trabalho esfrie rapidamente, ou que a inflação, nosso principal problema econômico, em breve seja muito maior", completou.

Os dados foram divulgados enquanto o Federal Reserve (Fed) combate a inflação elevando as taxas de juros, que estavam próximas de zero no auge da pandemia, ao mesmo tempo em que tenta não atrapalhar a recuperação da maior economia do mundo.

Ian Shepherdson, da Pantheon Macroeconomics, comentou que há sinais de que o crescimento salarial - o motor do aumento dos preços - está moderando e a participação da força de trabalho está aumentando. Essas tendências podem convencer o Fed a ser menos agressivo no aperto da política monetária.

"As taxas ainda precisam subir substancialmente, mas o Fed não precisa ultrapassar este ano se o mercado de trabalho estiver se normalizando", afirmou.

- Volta a normalidade -

O relatório de hoje mostrou os principais indicadores do mercado de trabalho totalmente recuperados da catástrofe causada pela pandemia, que custou o emprego a mais de 20 milhões de pessoas e elevou a taxa de desemprego para 14,7% em abril de 2020.

No mês passado, os desempregados caíram para seis milhões, pouco acima dos 5,7 milhões de antes da pandemia.

O número de pessoas cujo emprego foi rescindido involuntariamente ou que completaram trabalho temporário foi de 1,4 milhão, número bem próximo ao de fevereiro de 2020.

O Departamento do Trabalho também revisou os ganhos de emprego para janeiro e fevereiro e afirmou que juntos adicionaram 95.000 empregos a mais do que o inicialmente relatado.

Uma ampla gama de atividades contratou no mês passado, incluindo lazer e hospitalidade. Esse setor engloba bares e restaurantes, que estiveram entre os negócios mais atingidos pelas demissões atribuídas à pandemia.

Nessa área, foram criados 112.000 empregos em março, enquanto as empresas de serviços profissionais e empresariais ganharam 102.000 novos empregados. Os varejistas criaram 49.000 empregos e o emprego na indústria aumentou em 38.000.

A taxa de participação na força de trabalho, que indica a porcentagem de pessoas empregadas ou procurando trabalho, subiu ligeiramente para 62,4%, uma alta pós-pandemia, mas ainda um ponto percentual abaixo de fevereiro de 2020.

- Endurecimento em pauta -

No entanto, ainda há muito terreno a ser conquistado.

O número de funcionários permanece 1,6 milhão abaixo do nível pré-pandemia.

A recuperação também não atinge a todos. O desemprego para os trabalhadores brancos foi de 3,2% em março, mas ficou em 6,2% entre os negros norte-americanos e 4,2% entre os trabalhadores hispânicos, embora as taxas de todos os grupos tenham diminuído em relação ao mês anterior.

Economistas disseram que os dados divulgados nesta sexta reforçam o compromisso do Fed de aumentar as taxas de juros em meio ponto percentual em sua reunião do próximo mês, o dobro do aumento esperado em março.


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