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Estado de Minas HORENKA

Maternidade em Kiev é transformada em hospital de campanha


10/03/2022 15:39

Uma jovem mãe ucraniana estava se recuperando depois de dar à luz gêmeos em uma das principais maternidades de Kiev, quando estilhaços de uma granada quebraram as janelas de seu quarto.

No dia seguinte, depois de uma noite num bunker, esta mulher foi evacuada, juntamente com outras mães e bebês, e a clínica foi transformada em um espaço dedicado aos primeiros socorros para atendimento de soldados e civis.

Valeriy Zukin, especialista de renome mundial em saúde infantil e diretor de uma clínica particular nos subúrbios arborizados do norte de Kiev, é agora responsável pelo atendimento de emergência aos feridos de guerra.

Ele não quer ajuda humanitária do Ocidente, mas sim que a Ucrânia tenha apoio político e militar, o que lhe permitirá pôr fim à invasão russa sem se render.

"Prefiro comprar as balas, não recebê-las por caridade", disse à AFP.

A clínica Leleka de Zukin, a poucos metros da vila de Horenka, na linha de frente, não sofreu com a destruição em massa da maternidade Mariupol, atingida por ataques aéreos russos na quarta-feira, provocando uma onda de indignação global.

Mas, o vidro da porta principal do hospital foi quebrado e há dois buracos na fachada, um deles na sala de recuperação pós-natal, onde as mães convalescentes se recuperam.

- Casas desertas -

Vasyl Oksak, de 43 anos, é o comandante local da proteção civil. Ele está encarregado de transferir os feridos para a clínica.

"Houve combates intensos a seis quilômetros daqui", disse ele à AFP.

"Nossos soldados estão lá, repelindo o inimigo. A evacuação de civis de algumas partes da cidade onde não há combates está ocorrendo atualmente", diz ele.

Várias casas nesta área foram atingidas por mísseis Grad, disparados de vários lançadores de foguetes. Uma delas foi incendiada e muitas estão desertas.

Cães e gatos aproximam-se dos transeuntes em busca de comida. Galinhas correm pelos jardins cheios de escombros.

- Quarto de criança -

"O projétil atingiu esta parede onde havia um cano de gás", explica Vasyl Oksak, examinando as ruínas. "Você vê, aqui ficava um quarto de criança", comenta.

A aposentada Nataliya Mykolaivna, 64, mostra um micro-ônibus branco que ela diz ter pertencido aos voluntários que traziam suprimentos para os soldados no front e para os moradores que ficaram.

"Eles vieram e pararam o micro-ônibus com caixas de doces", conta Mykolaivna.

"Nós nos aproximamos, cinco ou seis pessoas. Eles iam entregar as caixas para nós. E de repente foram atacados. Foi um golpe direto."


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