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Estado de Minas PARIS

Macron sobre corredores humanitários de Putin: 'cinismo moral e político'

'Não conheço muitos ucranianos que queiram se refugiar na Rússia', afirmou o presidente da França


07/03/2022 10:51 - atualizado 07/03/2022 11:55

Macron
Emmanuel Macron, presidente da França (foto: Ludovic MARIN / POOL / AFP)
presidente francês Emmanuel Macron denunciou nesta segunda-feira (7) o "cinismo moral e político" de seu homólogo russo Vladimir Putin por propor corredores humanitários aos habitantes de várias cidades ucranianas para "levá-los à Rússia".

"Não conheço muitos ucranianos que queiram se refugiar na Rússia (...) Nada disso é sério. É um cinismo moral e político que me parece insuportável", disse Macron em entrevista transmitida pela rede de televisão LCI .

Leia também: 'A III Guerra já está aqui: se nos atrasarmos, seremos todos massacrados'

Para o chefe de Estado, o que é preciso "não são apenas os corredores, que estão imediatamente ameaçados, não é esse discurso hipócrita que consiste em dizer: 'Vamos proteger o povo e levá-lo para a Rússia'".

"Os trabalhadores humanitários devem ser capazes de intervir... para dar proteção a mulheres, crianças e homens que precisam ser protegidos e poder tirá-los da zona de conflito", acrescentou Macron.

O exército russo anunciou nesta segunda-feira a abertura de vários corredores humanitários e o fim dos ataques locais para evacuar civis das cidades ucranianas de Kharkov, Kiev, Mariupol e Sumy, que enfrentam intensos combates.

Ucrânia, no entanto, rejeitou esses corredores, metade dos quais levam a Belarus, aliada de Moscou, ou à Rússia. "Não é uma opção aceitável", disse a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereschuk.

A ofensiva russa, lançada em 24 de fevereiro, expulsou mais de 1,5 milhão de pessoas da Ucrânia e muitas outras foram deslocadas dentro do país ou presas em cidades bombardeadas pela Rússia.

Macron, candidato à reeleição em abril, estimou que a guerra na Ucrânia "está piorando", mas tentou tranquilizar a população de que "a França não está em guerra com a Rússia" e que ele está tentando parar o conflito.

Outro dos objetivos de sua mediação entre Moscou e Kiev é evitar "catástrofes" nucleares, depois que forças russas tomaram na semana passada a usina ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa.


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