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Estado de Minas Guerra na Europa

Zelensky: Moscou vai pagar a reconstrução


04/03/2022 04:00

Volodymyr Zelensk, presidente da Ucrânia
''Vamos reconstruir cada edifício, cada rua, cada cidade, e diremos à Rússia: aprenda a palavra 'reparação''' - Volodymyr Zelensk, presidente da Ucrânia (foto: Sergei Supinsk/AFP)

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu ontem que “reconstruirá cada edifício” de seu país destruído pelas forças russas e garantiu que a Rússia pagará por isso. “Vamos reconstruir cada edifício, cada rua, cada cidade, e diremos à Rússia: aprenda a palavra 'reparação'”, declarou Zelensky, em uma mensagem de vídeo. "Eles vão nos reembolsar totalmente por tudo o que fizeram contra nosso Estado, contra cada ucraniano", acrescentou. Zelensky disse ainda que quer negociar diretamente com seu colega russo, Vladimir Putin, dizendo que é “a única maneira de parar a guerra” entre a Rússia e a Ucrânia.

“Tenho que falar com Putin (…) porque essa é a única maneira de parar esta guerra”, disse Zelensky em entrevista coletiva, declarando-se “aberto” e “disposto a abordar todos os problemas” com Putin. Zelensky votou a fazer um apelo ao Ocidente para que aumente seu apoio, insistindo em que se seu país for derrotado pela Rússia, ela atacará o restante da Europa Oriental, a começar pelos bálticos, para chegar “até o Muro de Berlim”.

“Se desaparecermos, que Deus nos proteja, em seguida será Letônia, Lituânia, Estônia etc. (...) Até o Muro de Berlim, acreditem em mim”, disse Zelensky à imprensa, pedindo aos ocidentais que “fechem o céu” ucraniano aos aviões russos, ou que deem aviões para Kiev. Analistas alertam que a exclusão do espaço aéreo ucraniano pode ampliar o conflito para uma terceira guerra mundial, com a porta aberta para a entrada da Otan diretamente no confronto contra a Rússia.

No momento em que aumenta o arsenal de sanções, bloqueios e boicotes de resposta dos países ocidentais à invasão iniciada pela Rússia, Zelenski celebrou a resistência “heroica” de seu povo. Zelensky disse que as tropas ucranianas provocaram 9.000 baixas entre as forças russas desde o início da invasão, um forte contraste com as 498 mortes informadas por Moscou, que divulgou pela primeira vez um balanço desde o começo da ofensiva, em 24 de fevereiro. “Somos uma nação que quebrou os planos do inimigo em uma semana. Planos escritos há anos: pérfidos, cheios de ódio em relação ao nosso país”, disse o presidente.

Escalada 


De acordo com a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, um aumento no fornecimento de armas para as forças ucranianas causará mais vítimas no conflito entre os dois países. A informação é da agência de notícias russa Interfax. “Volodymyr Zelenski disse que a Ucrânia estava recebendo quantidades crescentes de armas de seus parceiros. Isso levará a perdas maiores na Ucrânia e à disseminação das mesmas armas nos países europeus”, disse Zakharova. A Ucrânia já soma mais de cinco mil vítimas, entre feridas e fatais, desde o primeiro dia de conflito.

A Alemanha, com uma guinada histórica e um forte aumento do orçamento militar, anunciou uma ajuda adicional ao governo de Kiev de 2.700 mísseis antiaéreos. Até agora, os países ocidentais entregaram armas à Ucrânia, mas concentraram sua resposta em uma bateria de sanções para isolar a Rússia diplomática, econômica, cultural e esportivamente. O governo russo acusou os países ocidentais de buscarem “destruir” a Rússia e de tentar “estabelecer um bloqueio econômico, informativo e humanitário” ao país.


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