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Estado de Minas SIGHETU MARMATIEI

Romênia, o plano B dos refugiados ucranianos para escapar do caos na fronteira polonesa


02/03/2022 11:18

A Romênia recebe diariamente um fluxo crescente de refugiados da Ucrânia, que escolhem não ir para a Polônia, onde engarrafamentos monstruosos paralisam a fronteira.

"Ouvimos dizer que as filas são enormes e que demora muito" para atravessar a fronteira, disse à AFP, Ernest Lindhal, de 30 anos.

Este tradutor das línguas grega e sueca, de Kiev, refugiou-se inicialmente em Lviv, a principal cidade do oeste da Ucrânia, antes de seguir para o sul.

Muitos são aqueles que tiveram a mesma ideia. A polícia da fronteira registrou 24 mil saídas na terça-feira, de um total de 118 mil desde o início da invasão. E nesta quarta-feira (2) o fluxo era maior do que no dia anterior, confirmou um jornalista da AFP.

Dois campos de refugiados foram montados, um em Sighetu Marmatiei e outro em Siret. Voluntários confortam os recém-chegados e distribuem cobertores, chá, café, fatias de pizza e até "martisor", amuletos da sorte tradicionalmente distribuídos no início de março na Romênia para saudar a chegada da primavera.

- Para o oeste -

A maioria dos ucranianos quer ir mais para o oeste, já que a Romênia é, junto com a vizinha Bulgária, o membro mais pobre da União Europeia. Segundo as autoridades, mais de 68.000 ucranianos já se mudaram para outros países.

Natascha Zibrov, de 43 anos, não planeja viver para sempre na Romênia. Com sua filha de 20 anos e outra de 15, afirma ter feito um pequeno desvio.

"O que está acontecendo na fronteira polonesa é terrível", lamentou. Por meio do boca a boca, ela soube que alguns de seus amigos foram impedidos de passar por dois dias com seus filhos pequenos, então escolheu pela rota romena, mais ao sul.

"Meu marido me disse: pegue as crianças e vá embora", lembra ela muito emocionada. "Ele é um pastor, ficou para dar apoio espiritual. E como também é soldado, ajuda a montar as barricadas para garantir a segurança em Kiev."

Em uma outra mesa onde os sanduíches são distribuídos, havia um estudante da Nigéria.

"Saí de Kharkov (nordeste) no sábado, estava com muito medo de ficar", diz Eugene Jumbo, de 19 anos, que também viajou para Lviv e depois passou seis horas em um trem para finalmente alugar um carro, pelo equivalente a 240 euros, e dirigir por mais de três horas, até chegar na Romênia.

O jovem estudante ainda não sabe o que o espera no futuro. "Estou exausto, vou descansar uns dias", diz, sabendo que ainda tem um longo caminho a percorrer.


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