

"Estamos esperando aqui fora perto do bunker caso ocorra algum ataque a gente vai tudo pra dentro”, afirma David Abu-Gharbil. “Quando ocorrer uma bomba ou alguma coisa parecida a gente vai lá pra baixo. Estamos aguardando porque teve um aviso agora que vai haver vários ataques na cidade”, comenta o mineiro.
David nasceu em Coqueiral, cidade com 9 mil habitantes no Sul de Minas Gerais. Ele se mudou há dois meses para Kiev, na Ucrânia, e vive a tensão de ver o país ser invadido e atacado por tropas russas.
No vídeo, David mostra a presença de várias crianças e famílias. Nas imagens, é possível ver que se trata de uma região com muitos prédios e um clima nublado. Próximo ao bunker, alguns carros estão estacionados e outros circulando pela rua.
Em contato rápido com a reportagem, David Abu-Gharbil explicou que está com pouca bateria no celular e que ainda estava nas ruas de Kiev por volta das 15h de Brasília.
“Estou segurando bateria um pouco e preciso manter contato com a minha família, mas chegando em casa, se estiver tudo tranquilo, eu consigo falar mais”, disse o brasileiro, por mensagem de áudio.
Conflito
A investida russa ocorre após quatro meses de tensão com o Ocidente – essa é a crise militar mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Na noite de quarta para quinta (24/2), o presidente Vladimir Putin anunciou que faria uma operação militar especial na região de Donbass, na região sul da Ucrânia.
Pelas redes sociais, vídeos e imagens de pessoas que vivem em Kiev mostram bombas e mísseis chegando na capital.
Na segunda-feira (21/2), as tensões geopolíticas já haviam começado a esquentar, após o presidente com o segundo maior poderio militar do mundo declarar e apoiar a independência de regiões separatistas da Ucrânia: Donetsk e Luhansk.
CIDADES UCRANIANAS ATACADAS PELA RÚSSIA

