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Estado de Minas PARIS

Comprimidos de iodo, uma ferramenta contra a radiação


07/03/2022 15:40

A possibilidade de um ataque ou acidente nuclear durante o conflito na Ucrânia renovou o interesse pelos comprimidos de iodo, eficazes na prevenção do câncer de tireoide em caso de emissões radioativas.

O que é iodo (iodeto de potássio)?

O sal de iodo estável é um oligoelemento absolutamente necessário para a saúde. Faz parte dos hormônios produzidos pela glândula tireoide, localizada na parte frontal do pescoço, responsável por reter o iodo inalado ou ingerido.

Para que serve a ingestão de iodo em caso de acidente nuclear?

Comprimidos de iodo estável, ou seja, não radioativo, protegem a glândula tireoide contra uma contaminação radioativa.

Um grave acidente em uma instalação nuclear pode levar a um aumento de iodos radioativos na atmosfera. Inalados ou ingeridos através de alimentos contaminados, esses radioelementos aumentam o risco de câncer de tireoide.

O acidente do reator nuclear de Chernobyl em 1986 causou uma grande liberação de iodo 131 e de iodos radioativos de curta duração. As pessoas que vivem nas áreas contaminadas de Belarus, Ucrânia e parte ocidental da Federação Russa experimentaram um aumento nos casos de câncer desse tipo.

Para evitar que a glândula retenha o iodo radioativo, é necessário o iodo estável. Se a tireoide estiver saturada com esse iodo, as substâncias radioativas são rapidamente excretadas pela urina.

O iodo estável protege de qualquer perigo após sofrer exposição acidental à radioatividade?

"O iodo protege um único órgão, a tireoide", explica a Autoridade Francesa de Segurança Nuclear (ASN) à AFP.

A primeira proteção em caso de acidente nuclear é abrigar-se em um edifício sólido.

O medicamento não protege contra outros elementos radioativos, como césio 134 ou 137.

Os períodos de ingestão também devem ser respeitados.

Os comprimidos de iodeto de potássio não são uma vacina contra a radiação, nem podem se tornar um tratamento permanente. Eles devem ser administrados idealmente uma hora antes da exposição à radioatividade, ou no máximo nas 6 a 12 horas posteriores.

Sua eficácia é forte se a ingestão for realizada nas duas horas anteriores ao aparecimento do iodo radioativo na atmosfera, e caí para 50% se o comprimido for ingerido 6 horas após o início da contaminação.

Passadas 24 horas de exposição, os efeitos colaterais são mais graves do que os benefícios.

Os comprimidos de iodo podem ser engolidos com um copo de água ou dissolvidos numa bebida.

Seu uso é recomendado para gestantes, bebês, crianças e jovens.

"É inútil tomar comprimidos de iodo de forma preventiva: além de inútil, pode causar efeitos indesejáveis ou alergias", explicou a ASN à AFP.

Excesso de iodo pode causar disfunção da glândula tireoide, bem como certos efeitos colaterais cardíacos ou renais.

Os comprimidos têm validade de sete anos.


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