
A consternação é acompanhada de revolta. Oresten classifica a investida contra a Ucrânia como um ataque cruel, que "agride toda a humanidade". "A soberania e a dignidade territorial de uma nação foram atacados, contrariando todos os pactos e convenções internacionais. É totalmente inacreditável", comenta o líder.
Ele conta que tem diversos parentes e amigos em Kiev, capital ucraniana, e Lutsk. No momento, a situação é considerada estável nas duas localidades, mas o clima entre os habitantes é de apreensão.
"Conversei com várias pessoas hoje. Elas foram pegas de surpresa. Acordaram sem entender o que estava acontecendo. Muitas pessoas estão desesperadas e tentam deixar suas cidades. Outras estão indo aos supermercados para comprar alimentos e estocar. Muita gente também já começa a fazer malas e se preparar para buscar abrigos antibomba", descreve Oresten.
De acordo com a Subras, cerca de 600 mil descendentes ucranianos vivem no Brasil - 80% deles no Paraná. A comunidade também é significativa em Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul. O Itamaraty contabiliza cerca 400 brasileiros vivendo no país do leste europeu.
A Representação Central Ucraniano-Brasileira (RCUB) também repudiou os ataques. Em nota divulgada nas redes sociais, a entidade disse que "condena veementemente as organizações terroristas controladas pela Rússia das chamadas "Repúblicas Populares" de Donetsk e Luhansk (DPR e LPR).
A Representação Central Ucraniano-Brasileira (RCUB) também repudiou os ataques. Em nota divulgada nas redes sociais, a entidade disse que "condena veementemente as organizações terroristas controladas pela Rússia das chamadas "Repúblicas Populares" de Donetsk e Luhansk (DPR e LPR).
Embaixada brasileira orienta fuga
Na manhã desta sexta-feira (24/2), a Embaixada do Brasil em Kiev pediu que os brasileiros deixem a Ucrânia o mais rápido possível.
Também publicado no Facebook, o comunicado oficial recomenda que aqueles que possam se deslocar para outros países ao oeste da nação do Leste Europeu o façam o quanto antes, após se informarem sobre a situação de segurança local.
A recomendação exclui os brasileiros que estão em Kiev. Para estes, a orientação é de que não saiam, tendo em conta os grandes engarrafamentos formados nas saídas da cidade.
