"Há uma verdadeira tendência repressiva (...) que agora se traduz pela retomada dos julgamentos a portas fechadas de 46 opositores", disse aos deputados o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian.
Torres, um ex-guerrilheiro de 73 anos que foi companheiro de Ortega contra a ditadura de Somoza na década de 1970, morreu no sábado devido, segundo Le Drian, "às condições infelizes da detenção".
O ex-guerrilheiro é um dos 46 opositores detidos na Nicarágua, incluindo sete que aspiravam à presidência nas últimas eleições, acusados de minar a integridade territorial.
Pelo menos 18 presos já foram considerados culpados e sete foram condenados a entre oito e 13 anos de prisão. A este grupo somam-se outros 124 opositores detidos durante os protestos antigovernamentais de 2018.
Le Drian, que classificou a reeleição de Ortega em novembro como "fraudulenta", expressou sua disposição de continuar pressionando Manágua no nível da União Europeia (UE) com a imposição de sanções.
Em 10 de janeiro, dia da posse do presidente nicaraguense para seu novo mandato, a UE impôs um novo conjunto de sanções contra sete funcionários, incluindo sua vice-presidente e esposa Rosario Murillo.
PARIS