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Estado de Minas NOVA YORK

Morre a artista cubana Carmen Herrera, que alcançou a fama aos 89 anos


14/02/2022 20:41

Carmen Herrera, a artista cubana que alcançou a fama aos 89 anos, morreu no sábado aos 106 anos, informou nesta segunda-feira (14) o Museu do Bairro de Nova York, a primeira instituição onde ela exibiu seus quadros.

"Estamos profundamente tristes em saber da morte da lendária artista Carmen Herrera", informou em sua página na internet o Museu do Bairro de Nova York, que a definiu como uma "pioneira", com um "estilo abstrato geométrico de linhas duras e cores atrevidas".

Durante muito tempo, assegura o museu, ela foi ofuscada por artistas homens europeus e americanos.

Apesar da idade avançada em que ficou conhecida, suas obras fazem parte de algumas das coleções permanentes de pinacotecas como o Museu Whitney, o Museu de Arte Moderna (MOMA), ambos em Nova York, ou a Tate Modern em Londres.

"Hoje celebramos este espírito incrível, uma criatividade tenaz e seu impacto indelével no mundo da arte", assegurou o museu.

Em 1939, esta filha de intelectuais cubanos - seu pai fundou o jornal El Mundo, após a independência de Cuba, e sua mãe era uma jornalista de renome -, casou-se com o professor de inglês Jesse Loewenthal, a quem havia conhecido quando ele visitou Cuba algum tempo antes.

Por ele, abandonou os estudos de arquitetura na Universidade de Havana após estudar e viajou durante algum tempo por Paris, Roma e Berlim, radicando-se em Nova York, onde estudou na Liga de Estudantes de Artes com Jon Corbino.

Após uma temporada em Paris e uma tentativa de expor em Havana (onde não teve sucesso), a artista voltou a Nova York, na companhia do marido. Sempre foi consciente de que sua condição feminina "ia contra" ela, dizia.

Herrera continuou pintado até que, no começo deste século, sua obra começou a ocupar o lugar que lhe correspondia, quando estava prestes a completar 90 anos.

Por ocasião de uma exposição de suas obras na Inglaterra em 2009, o The Observer disse que Herrera tinha sido a descoberta da década.

"Como pudemos perder estas belas composições?", questionava o jornal.

Entre setembro de 2016 e janeiro de 2017, o Museu Whitney de Nova York dedicou a ela a exposição "Carmen Herrera: Lines of Sight".

Em 2019, expôs "Estruturas Monumentais", a primeira grande exposição de esculturas da artista centenária no City Hall Park de Manhattan.


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