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Estado de Minas JENIN

Forças israelenses matam adolescente palestino na Cisjordânia


14/02/2022 16:34

As forças israelenses mataram um palestino de 17 anos na Cisjordânia ocupada, em confrontos à margem de uma operação militar que, segundo o exército, tinha como objetivo demolir a casa de outro palestino acusado por um ataque recente.

O ministério palestino da Saúde anunciou que Mohamed Abu Salah morreu no vilarejo de de Silat al Harithiya, perto de Jenin, depois de ter sido alvo de tiros durante confrontos depois que as forças israelenses atacaram a localidade.

O exército israelense afirmou em um comunicado que suas tropas, ao lado de policiais de fronteira, entraram no vilarejo para "demolir a residência do terrorista Muhamad Jaradat", acusado ao lado de outras pessoas pelo recente ataque fatal contra um colono judeu na Cisjordânia.

De acordo com sua família, se trata de Mahmud Jaradat, anteriormente identificado pelo exército israelense como Muhamad Jaradat.

O exército afirmou que "confrontos violentos" aconteceram antes da demolição, com a participação de centenas de palestinos e que alguns deles lançaram explosivos contra os soldados israelenses.

"Os soldados identificaram várias pessoas armadas e abriram fogo para neutralizar a ameaça", afirma o comunicado do exército, que não menciona a morte do adolescente.

Centenas de pessoas, algumas armadas e usando balaclavas, compareceram ao funeral do jovem palestino em sua aldeia, Al Yamun, perto de Silat al Harithiya, confirmaram jornalistas da AFP.

- Confrontos em Jerusalém Oriental -

O exército acusa Jaradat de ter matado Yehuda Dimentman, um estudante de religião de 25 anos que faleceu em ataque na Cisjordânia em dezembro, que também deixou várias pessoas feridas.

Poucos dias depois, Israel prendeu várias pessoas acusadas de participação.

Israel destrói com frequência as casas de pessoas que considera que executaram ataques contra seus cidadãos, na Cisjordânia e em Jerusalém Leste, dois territórios ocupados pelo Estado hebreu desde 1967.

Quase 475.000 colonos judeus vivem na Cisjordânia ao lado de 2,9 milhões de palestinos, em comunidades que o direito internacional geralmente considera ilegais.

Homesh é um dos assentamentos que inclusive o governo de Israel considera não autorizado. O local foi desocupado pelas forças israelenses em 2005 mas os colonos continuaram operando no assentamento, o que provoca tensões com os palestinos.

O incidente no norte da Cisjordânia acontece depois que 31 palestinos foram feridos no bairro de Sheikh Jarrah em Jerusalém Leste durante confrontos com policiais israelenses no domingo.

A violência explodiu após a visita do polêmico deputado israelense de extrema-direita Itmar Ben Gvir à zona, com o objetivo de abri um "escritório".

Em maio de 2021, manifestações de apoio às famílias palestinas sob risco de perder suas casas em Sheikh Jarrah - em benefício dos colonos judeus - já haviam provocado confrontos, que deixaram centenas de feridos.

Após os confrontos, o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, lançou vários foguetes contra Israel, que respondeu, o que provocou uma guerra de 11 dias.


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