As manifestações, que não se encontraram, são celebradas por ocasião do Dia da Juventude, data comemorada tradicionalmente com mobilizações nos dois setores políticos.
Ao som de tambores e salsa, milhares de chavistas adolescentes, jovens e adultos, procedentes de toda a Venezuela, vão percorrer cerca de 14 km na capital venezuelana.
Os chavistas ocuparam várias ruas da zona leste de Caracas, considerada reduto da oposição, para chegar à sede do Parlamento, no centro da cidade, onde está prevista a participação de Maduro.
"Comemoramos 208 anos da Batalha da Vitória, a qual - demonstra que - esta juventude combativa, esta juventude corajosa segue com seus sonhos, lutando pela pátria que queremos", disse à AFP a coordenadora do Movimento Nacional de Recreadores, Maria Amatima, de 26 anos.
Dirigidos por vários representantes da juventude do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv) - entre eles Nicolás Maduro Guerra, filho do presidente -, os manifestantes exibiram cartazes com lemas ou fotos do chefe de Estado.
"Chávez marca a pauta, Maduro segura (o) volante", dizia um dos cartazes com fotos do presidente falecido Hugo Chávez (1999-2013), de Maduro e Jesus Cristo.
Enquanto isso, cerca de 600 opositores se reuniram em uma avenida paralela a uma das ruas pelas quais a marcha chavista passou. De um pequeno palanque e após um corte de energia, que a oposição denunciou como uma "sabotagem" à sua manifestação, Guaidó defendeu fortalecer a "unidade" opositora e a renovação de liderança.
"Deve-ser fortalecer a unidade, deve-se renovar a liderança, deve-se incorporar todos os setores, deve-se legitimar pela base, uma consulta ao nosso povo, não apenas quais serão candidatos no futuro, que têm que ser únicos também na liderança", disse Guaidó.
O opositor prometeu reativar as manifestações de rua que sacudiram o pais nos anos anteriores, como em 2019 e 2017. "Vamos voltar (...) ao lugar onde se exercem as liberdades que são as ruas da Venezuela", disse.
CARACAS