Formado por 20 especialistas independentes responsáveis pela avaliação da aplicação das convenções da OIT, o comitê manifestou "sua profunda preocupação com as orientações das políticas" que aparecem em vários documentos oficiais chineses, conforme o relatório anual destinado a fazer um balanço do cumprimento das convenções da OIT em cada país.
Em sua detalhada resposta anexada ao relatório, Pequim recusou, mais uma vez, as acusações, em particular as relacionadas com trabalho forçado, formuladas pela Confederação Sindical Internacional no documento e corroboradas por várias publicações de ONGs.
São acusações "falsas e politicamente motivadas", responde o governo chinês.
De acordo com organizações de direitos humanos, pelo menos um milhão de uigures e de membros de outras minorias de língua turca, principalmente muçulmanos, estão, ou foram, presos em acampamentos nesta região do noroeste da China.
Pequim alega que estes locais são centros de treinamento profissional destinados a manter seus ocupantes longe do terrorismo e do separatismo.
O comitê de especialistas exige que Pequim "reoriente o mandato dos centros de educação e formação profissional", considerados por eles como "centros de reeducação política baseados em detenções administrativas".
GENEBRA