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Estado de Minas LIMA

Agitação no governo peruano obriga Castillo a formar novo gabinete


31/01/2022 20:22

O presidente do Peru, o esquerdista Pedro Castillo, anunciou nesta segunda-feira (31) que formará um novo gabinete de ministros, o terceiro em seis meses de mandato, após a surpreendente renúncia de sua primeira-ministra, Mirtha Vásquez, por divergências sobre promoções na polícia.

"O gabinete está em constante avaliação. Por esse motivo, decidi renová-lo e formar uma nova equipe", tuitou Castillo, que agradeceu "o apoio de Mirtha Vásquez e dos ministros de Estado".

Minutos depois, Vásquez publicou no Twitter: "Ante a impossibilidade de obter consensos em benefício do país, informo que hoje apresentei minha carta de renúncia ao presidente Pedro Castillo, que foi aceita."

Vásquez, que estava há quase quatro meses no cargo de chefe de gabinete, atribuiu sua saída à controvérsia por promoções na polícia, que levou Castillo, nas últimas horas, a demitir o ministro do Interior, Avenilo Gallardo, e o comandante-geral da Polícia, general Javier Gallardo.

"Chegamos a um momento crítico. A crise no setor do Ministério do Interior não é um assunto qualquer nem conjuntural, é a expressão de um problema estrutural de corrupção em diversas instâncias do Estado", afirmou Vásquez em sua carta de renúncia.

Advogada, ativista ambiental e da esquerda moderada, Vásquez tomou posse como primeira-ministra em 6 de outubro, depois que Castillo demitiu o engenheiro Guido Bellido, um esquerdista radical que liderou seu primeiro gabinete de ministros.

Agora, Castillo deverá formar um novo gabinete, de 19 membros, o terceiro desde que assumiu a Presidência do Peru em 28 de julho.

Os primeiros seis meses de Castillo no poder se caracterizaram por disputas internas frequentes no governo e embates com a oposição de direita radical, que tentou, em vão, fazer com que o Congresso destituísse o chefe de Estado em 8 de dezembro.

Castillo, um professor rural de Cajamarca (norte) de 52 anos, foi eleito presidente após derrotar a direitista Keiko Fujimori no segundo turno do pleito presidencial em 6 de junho, depois de uma campanha que polarizou o país.

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