As sanções foram adotadas em coordenação com Reino Unido e Canadá e afetam os principais funcionários judiciais do país: o procurador-geral Thida Oo, o presidente da Suprema Corte Tun Tun Oo e o chefe da comissão anticorrupção Tin Oo, segundo um comunicado do Tesouro americano.
A Procuradoria-Geral, dirigida por Thida Oo, "elaborou acusações motivadas politicamente pelo regime" contra Aung San Suu Kyi, o ex-presidente da República Win Myint e outros líderes pró-democracia, segundo o Tesouro.
A Suprema Corte está acusada de ter estado "envolvida nos processos do regime" contra Aung San Suu Kyi e outros líderes.
A comissão anticorrupção "apresentou acusações falsas de corrupção" contra a ex-líder birmanesa e outros funcionários do governo civil para que eles e a Liga Nacional pela Democracia (LND), o partido de Aung San Suu Kyi, não possam exercer como partido político.
"Um ano depois do golpe de Estado, Estados Unidos, junto com Reino Unido e Canadá, estão ao lado do povo de Mianmar que quer liberdade e democracia", afirmou o subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos, Brian Nelson, citado no comunicado.
"Seguiremos apontando contra os responsáveis do golpe de Estado e a violência atual, os cúmplices da repressão brutal do regime e seus patrocinadores financeiros", acrescentou.
Aung San Suu Kyi, de 76 anos, está detida desde o golpe de Estado que encerrou uma década de transição democrática.
A prêmio Nobel de la Paz acaba de ser indiciada. É acusada de ter pressionado a comissão eleitoral durante as eleições legislativas de 2020, vencidas pelo LND.
Já foi condenada a seis anos de prisão e corre risco de pegar décadas de prisão no final do julgamento.
WASHINGTON