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Estado de Minas LISBOA

Portugal encerra campanha para legislativas com previsão incerta


28/01/2022 13:37

A campanha para as eleições legislativas antecipadas de domingo em Portugal terminou nesta sexta-feira(28) com os socialistas do primeiro-ministro António Costa e a centro-direita praticamente empatados.

De acordo com a sondagem publicada pelo semanário Expresso, o Partido Socialista (PS), no poder desde 2015, teria 35% das intenções de voto, com uma leve vantagem sobre o Partido Social Democrata (PSD), do ex-prefeito da cidade do Porto Rui Rio, que ficaria com 33%. No jornal Público, o PS aparece com 36% das intenções de voto, e o PSD, 33%.

Como essas diferenças estão dentro da margem de erro das pesquisas, os dois veículos falam de um "empate técnico".

"Ambos os cenários são possíveis", disse à AFP a cientista política Marina Costa Lobo, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. "Há duas semanas, tínhamos 15 a 20% de indecisos, que estavam mais à direita e desde então se posicionaram."

- Ascensão da extrema direita -

Em termos de cadeiras no Parlamento, a corrida se anuncia como muito acirrada. Segundo as duas pesquisas, ambos os partidos podem ficar em primeiro lugar.

Atrás destas duas legendas, que dirigem o país desde a instauração da democracia (1974), as duas sondagens mostram a aparição de quatro partidos, que teriam entre 5% e 6% das intenções de voto.

Na extrema direita e na direita, os radicais do Chega e os liberais devem registrar um forte avanço após sua entrada no Parlamento em 2019. Neste ano, conseguiram um único deputado.

Na esquerda radical, os ex-aliados do Partido Socialista - o Bloco de Esquerda e a coalizão formada por comunistas e verdes - podem ser punidos pelos eleitores. Ambos se recusaram a apoiar o projeto orçamentário de 2022, um processo que levou à convocação destas eleições.

Nas ruas de Lisboa, muitos eleitores continuam a acreditar na vitória de António Costa, 60 anos e ex-prefeito da capital.

"Acho que ele vai ganhar, mas não por muito", diz Luisa Marques, vendedora de castanhas assadas no centro da cidade.

- Jogo de alianças -

"O PS vai ganhar. Neste momento, com a pandemia, acho que não fizeram um mau trabalho", diz Paulo Duarte, que trabalha na construção.

Tal como no resto do mundo, as infeções devido à variante ômicron do coronavírus dispararam em Portugal.

Mas a situação no país, com a maior taxa de vacinação da Europa, está sob controle.

O grande tema da campanha não foi a gestão da crise sanitária, mas o jogo de alianças no dia seguinte às eleições.

Costa começou mostrando pouca inclinação para negociar com a centro-direita ou a esquerda radical, para se apresentar como o único garantidor da estabilidade.

Mas, com as sondagens cada vez menos favoráveis, teve de admitir que teria de falar com "todos os partidos menos o Chega".

O líder da oposição, fiel à sua linha centrista, sempre se dispôs a negociar com Costa as condições que permitam ao vencedor, seja ele quem for, formar um governo minoritário sem o apoio dos partidos radicais.


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